Brasil define times para Davis e Billie Jean King Cup Junior
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 20, 2023 às 10:10 pm

Equipes do Brasil serão as mesmas que disputaram o Sul-Americano de 16 anos em agosto (Foto: Divulgação/CBT)

Estão definidas as equipes do Brasil nas Copas Davis e Billie Jean King Júnior, que serão disputadas no fim do ano, em Córdoba, na Espanha. O Mundial masculino será entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro. Já a competição feminina acontece na semana seguinte, entre os dias 6 e 12 de novembro.

As equipes serão as mesmas que disputaram o Sul-Americano de 16 anos em agosto e ficaram na segunda posição nas seletivas continentais. O capitão Rodrigo Ferreiro acompanha o time masculino, enquanto Fernanda Ferreira comanda a equipe feminina.

O time masculino terá o brasiliense Pedro Chabalgoity, o mineiro Victor Winheski e o paulista Luiz Felipe Oliveira Silva. Já a equipe feminina terá a gaúcha Pietra Rívoli, a catarinense Carolina Bohrer e a paulista Helena Bueno.

O Brasil é o atual campeão da Copa Davis Júnior. No ano passado, a competição foi disputada na Turquia e o time contou com João Fonseca, Pedro Rodrigues e Gustavo Almeida.

“Tenho confiança nesses jogadores. A vaga deles aqui foi merecida pela campanha que vêm fazendo”, disse o capitão. Rodrigo Ferreiro. “A Davis, será uma competição difícil, com muitos jogadores de alto nível. Ano passado, não éramos favoritos e as coisas foram fluindo bem até a final. O título é conquistado no dia a dia e garanto que vamos trabalhar duro, dentro dessa mentalidade, para buscarmos mais um troféu para o Brasil”.

A última aparição da equipe feminina foi em 2019, quando o Brasil ficou na 15ª posição. A melhor campanha foi em 2012, com um time que tinha Beatriz Haddad Maia, Carol Meligeni e Ingrid Martins, na terceira posição.

Com a equipe de volta à Billie Jean King Cup Junior depois de quatro anos, Fernanda Ferreira comentou sobre a evolução das tenistas. “As meninas estão se preparando muito. Tenho conversado com elas, com os treinadores, e acompanhando o que elas têm feito. O desempenho delas tem crescido bastante, com alguns títulos e pontos importantes no ranking profissional. Tenho certeza que vamos entregar toda nossa energia em quadra.

Confira a relação completa de tenistas convocados.

COPA DAVIS JUNIOR

Argentina: Romeo Arcuschin, Valentin Garay, Mateo Carballo
Capitão: Gaston Eltis

Brasil: Victor Winheski, Pedro Chabalgoity, Luiz Felipe Silva
Capitão: Rodrigo Ferreiro

Canadá: Nicholas Arseneault, Adam Farag Cao, Mikael Arseneault
Capitão: Frank Dancevic

República Tcheca: Maxim Mrva, Jan Kumstat, Martin Doskocil
Capitão: Josef Cihak

Alemanha: Diego Palomero, Justin Engel, Max Schoenhaus
Capitão: Philipp Petzschner

Grã-Bretanha: Oliver Bonding, Benjamin Gusic-Wan, Zechariah Hamrouni
Capitão: Martin Weston

Itália: Francesco Cina, Andrea De Marchi, Matteo Schiabasi
Capitão: Nicola Fantone

Japão: Ryo Tabata, Hiromasa Koyama, Ren Matsumara
Capitão: Ko Iwamoto

Cazaquistão: Amir Omarkhanov, Zangar Nurlanuly, Damir Zhalgasbay
Capitão: Sergei Kvak

Coreia do Sul: Donghyun Hwang, Yeonsu Jeong, Moobeen Kim
Capitão: Yongkyu Lim

Marrocos: Karim Bennani, Amine Jamji, Ali Missoum
Capitão: Mehdi Tahiri

Holanda: Mees Rottgering, Hidde Schoenmakers, Kaj Glaser
Capitão: Raymond Knaap

Peru: Nicolás Baena, Jerry Brow, Diego Benítez
Capitão: Sergio Barragán

Espanha: Andrés Santamarta Roig, Sergio Planella Hernandez, Sergi Fita Juan
Capitão: Joan Perez Herrando

Tailândia: Penn Charusorn, Phopthum Sriwong, Teerapat Khantiweerawat
Capitão: Sahathat Supakit

Estados Unidos: Darwin Blanch, Maxwell Exsted, Jagger Leach
Capitão: Sylvain Guichard

BILLIE JEAN KING CUP JUNIOR

Argélia: Maria Badache, Wissal Boudjemaoui, Melissa Rym Ben Amar Kerfah
Capitão: Djillali Laslah

Argentina: Sol Larraya, Josefina Estevez, Agustina Grassi
Capitão: Geronimo Degreef

Austrália: Emerson Jones, Tahlia Kokkinis, Alana Subasic
Capitã: Olivia Rich

Brasil: Carolina Bohrer, Helena Bueno, Pietra Rivoli
Capitã: Fernanda Barbosa Ferreira

Canadá: Nadia Lagaev, Emma Dong, Isabella Marton
Capitão: Rodrigo Alvarez

Colômbia: Valentina Mediorreal Arias, Mariana Isabel Higiuta Barraza, Maria José Sanchez Uribe
Capitão: Francisco José Franco Benavides

República Tcheca: Laura Samsonova, Alena Kovackova, Eliska Forejtkova
Capitão: David Skoch

Egito: Jana Hossam Salah, Karina Mohamed, Jian Ibrahim
Capitão: Omar Hedayet

Grã-Bretanha: Hannah Klugman, Mingge Xu, Hephzibah Oluwadare
Capitã: Katie O’Brien

Japão: Wakana Sonobe, Shiho Tsujioka, Kiko Inoue
Capitão: Masashi Yoshikawa

Cazaquistão: Polina Sleptsova, Ariana Gogulina, Anastassia Krymkova
Capitão: Marat Sharipov

Letônia: Adelina Lacinova, Beatrise Zeltina, Kamilla Cernousova
Capitão: Mihails Hmelnickis

Sérvia: Teodora Kostovic, Lana Virc, Masa Jankovic
Capitão: Slobodan Rankovic

Espanha: Charo Esquiva Banuls, Lorena Solar Donoso, Neus Torner Sensano
Capitão: Emilio Viuda Hernández

Suécia: Nellie Taraba Wallberg, Lea Nilsson, Tiana Tian Deng
Capitão: Carl Ackered

Estados Unidos: Iva Jovic, Tyra Grant, Alanis Hamilton
Capitão: Tom Gutteridge

Fonseca tem exemplo Gauff e define próximos passos
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 11, 2023 às 4:20 pm

João Fonseca conheceu a campeã do US Open Coco Gauff após a conquista no último sábado (Foto: Reprodução/Instagram)

Campeão do torneio juvenil do US Open no último sábado, João Fonseca assumiu nesta segunda-feira a liderança do ranking mundial de sua categoria. Mas depois de conseguir dois feitos importantes para o tênis brasileiro, ele já projeta uma transição completa para o circuito profissional e já começa a definir seus próximos passos.

Um exemplo a ser seguido pelo carioca de 17 anos é o da norte-americana Coco Gauff, apenas dois anos mais velha, e que conquistou seu primeiro Grand Slam como profissional no último sábado em Nova York. Assim como ele, Gauff conquistou nos tempos de juvenil títulos mesmo porte que ele, um Grand Slam, o número 1 do ranking e a Copa Billie Jean King Junior (equivalente à Davis Junior vencida pelo Brasil no ano passado).

Mas além dos números, a norte-americana é uma jogadora que foi se acostumando aos grandes palcos e a enfrentar adversárias de alto nível desde muito cedo, além de conviver com grandes expectativas desde muito cedo e de se tornar uma das vozes influentes do tênis, apesar da pouca idade. Os dois campeões se conheceram no último sábado, após a conquista de Fonseca e posaram para fotografias com os respectivos troféus.

“A Coco é só dois anos mais velha que eu e é uma garota super legal. A gente se conheceu logo depois da minha final, eu fui fazer os exames antidoping e um dos meus patrocinadores teve contato com ela e tiramos uma foto. É uma inspiração para mim e sei que também ela é para muitas mulheres lá nos Estados Unidos. É uma pessoa que trabalha muito duro para chegar onde chegou, campeã de Grand Slam agora”, disse Fonseca a TenisBrasil, durante a entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Top 10 no juvenil vale vagas em até oito challengers
A boa colocação no ranking juvenil também vai ajudar Fonseca a entrar em torneios maiores no ano que vem. Segundo um plano de aceleração da transição traçado pela ITF e ATP, os dez melhores juvenis da temporada terão vagas diretas nas chaves principais de oito challengers na temporada seguinte, possibilitando um crescimento ainda mais rápido no tênis profissional. Atualmente, o brasileiro ocupa o 656º lugar na ATP.

“Minha meta no início deste ano era estar no top 10 do ranking juvenil, porque assim eu conseguiria os oito wildcards em challengers do ano que vem. É uma regra nova da ITF com a ATP. Ainda não conversei muito sobre isso com a minha equipe, porque tudo foi muito rápido. Inicialmente, a ideia para o ano que vem era ainda ir mesclando e jogar só os Grand Slam do juvenil, mas acredito que depois dessa conquista eu já posso focar 100% na minha carreira profissional e vou ter muito mais confiança para a transição”.

Portas abertas para o tênis universitário
O carioca também deixa as portas abertas para uma eventual entrada no tênis universitário norte-americano. “Estou conversando com duas universidades, que por enquanto eu quero manter os nomes só para mim. A ideia seria estudar algo na área de Business. Meu pai trabalha no mercado financeiro e já me indicou algumas pessoas para conversar. Vou deixar as duas portas abertas. Pode ser uma experiência boa passar oito meses lá, trancar e focar depois no circuito profissional. Acho que tenho até junho ou julho do ano que vem para me decidir. Se eu estiver num bom momento de ranking, e em boas condições físicas e de cabeça, eu sigo para a carreira profissional. Mas é bom ter também essa porta aberta”.

Condições extremas com calor, chuva e raios
Para conquistar o título do US Open juvenil, Fonseca precisou liderar com situações bastante adversas: Jogos no calor extremo no início da parte, longas paralisações por chuva e incidência de raios, além das mudanças bruscas nas condições do jogo do dia para noite. Nas partidas noturnas, e com muita umidade, a quadra ficava muito mais lentas e o pontos mais longos eram mais frequentes. O brasileiro se lembrou do ano passado, quando sofreu com o físico durante o Grand Slam nova-iorquino e destacou a evolução nesse aspecto.

“Sou do Rio de Janeiro, estou acostumado com o calor, mas nunca vi algo parecido com aquilo. Estava extremamente desconfortável. Tive que me hidratar muito. Durante as pausas por chuva, eu tentava manter minhas rotinas, conversar com meu técnico, fazer as minhas respirações, que foi algo que eu comecei agora em Wimbledon. Isso me manteve calmo durante as paralisações e consegui manter o meu jogo durante as partidas. Eu me lesionava muito e já tive alguns problemas com cãibra e falhas no terceiro set por conta do físico e mental. Esse torneio me deu muita ‘casca’. Meu físico melhorou muito do ano passado para cá. Tenho acompanhamento de uma nutricionista, faço suplementação alimentar e isso também me ajuda muito na parte mental”.

“Eu cheguei às quartas na Austrália, Roland Garros e Wimbledon. Quando fui para as quartas desta vez, pensei que não queria perder novamente. Eu estava buscando o título. Sabia que se eu ganhasse o título seria o número 1. Então foi muito especial. Depois do jogo, fomos jantar com a minha família e os amigos que estavam lá”.

No momento em que tem atraído cada vez mais atenção, Fonseca falou sobre sua parceria com a patrocinadora On, empresa de material esportivo que tem Roger Federer como um dos sócios. A marca fornece uniformes para apenas outros dois tenistas no momento, a tricampeã de Roland Garros Iga Swiatek e o semifinalista do US Open Ben Shelton. “Ainda não conversei com o Federer, mas é o tenista que mais me inspirou, pela facilidade de jogar. E sobre essa marca, eu estava conversando com outras empresas, mas quando eu recebi a propostas deles no início do ano, me chamou a atenção pela exclusividade. Só eu, a Iga e o Ben usamos. Então, é muito legal ver uma marca começando do zero, junto com a minha carreira profissional”.

Nesta semana, Fonseca segue para a Dinamarca, onde acompanha a equipe brasileira que disputa o Grupo Mundial I da Copa Davis, visando uma vaga no Qualificatório Mundial de 2024. Na sequência, volta ao Brasil e foca na disputa de torneios de nível challenger na América do Sul.

“Já estive duas vezes com a equipe da Davis. Foram experiências incríveis. A galera é super atenciosa e muito unida. Mas agora é a primeira vez que vamos jogar contra um time que tem um top 10, ou top 5. Estou bastante animado. Depois dessa semana na Dinamarca, eu volto para o Rio e converso com meu treinador sobre o calendário. Ainda não sei quais torneios vou jogar, mas provavelmente vão ser alguns challengers na América do Sul. Devo jogar os qualis. E aqui no Brasil vou tentar os wildcards também”.

Inspiração em Guga e Bia
Entre outros nomes do tênis brasileiro que inspiram a carreira de João Fonseca são Gustavo Kuerten, Beatriz Haddad Maia e as medalhistas olímpicas, Luísa Stefani e Laura Pigossi. “E conversei mais com a Bia. Eu tive contato com ela no US Open. É uma inspiração, porque luta muito até a última bola em todos os jogos. E é alguém que super muito bem. Eu que sou um pouco mais tímido, gosto de acompanhar as entrevistas dela também”, comentou.

“Da Luísa e da Laura, eu tenho um orgulho enorme. Pude conversar um pouco com a Luísa, que é uma menina super legal. É muito bom o que o tênis feminino está fazendo. E o Guga foi um jogador incrível, e também uma pessoa incrível. Ele é um herói para mim. Espero que os mais novos que chegarem depois de mim consigam se inspirar em mim e que eu consiga ter uma boa carreira para que os outros possam se espelhar”.

O efeito Coco Gauff para a nova geração de fãs
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 11, 2023 às 11:39 am

Título do US Open consolidou o excelente momento de Gauff no circuito (Foto: Garrett Ellwood/USTA)

A conquista do primeiro Grand Slam de Coco Gauff era um dos momentos mais esperados por toda a comunidade do tênis, ainda mais no US Open, jogando em casa e com apoio maciço da torcida no Arthur Ashe Stadium. A menina que convivia com expectativas e comparações com as irmãs Williams desde os 13 anos, quando chegou à final da chave juvenil em Nova York, e que se colocou nos grandes palcos aos 15, vencendo a própria Venus em Wimbledon, é uma ‘veterana’ de apenas 19 anos e preparada para grandes momentos. Sempre carismática e comunicativa, Coco nunca deixou de se posicionar sobre as causas que defende, e agora tem um selo de campeã para ter uma voz ainda mais ativa e ser ainda mais influente entre os jovens.

A consagração em Nova York fechou um mês em que Gauff foi conquistando troféus cada vez maiores. Até o dia 6 de agosto, a jovem tenista tinha apenas três títulos de WTA 250 em simples. Ela vinha de uma queda na primeira rodada em Wimbledon e de mudanças recentes na equipe. Chegaram o técnico espanhol Pere Riba e o consultor Brad Gilbert, que já trabalhou com nomes Andre Agassi e Andy Roddick.

Uma das principais mudanças em seu jogo foi no forehand. E hoje ela tem mais confiança para executar o golpe e tê-lo como uma arma mais efetiva de definição dos pontos, característica destacada por ela, pelos técnicos e até pelas adversárias. Desde então, conquistou o WTA 500 de Washington, o WTA 1000 de Cincinnati e finalmente o US Open. São 12 vitórias seguidas, com 18 triunfos nos últimos 19 jogos.

Desde muito cedo, Gauff sempre buscou evoluir e corrigir vulnerabilidades de seu jogo. Ela já havia falado sobre isso em entrevista a TenisBrasil no ano de 2021 em Roland Garros, quando já sentia que seu jogo estava sendo mais estudado pelas adversárias. “Depois de estar no circuito por um tempo, obviamente elas podem assistir mais partidas minhas e entender como eu jogo, e eu percebi isso. Durante o período de pré-temporada, trabalhei nas minhas fraquezas. Sinto que agora eu melhorei bastante naqueles que eram os meus pontos fracos, então não dou às minhas adversárias uma resposta ou uma saída fácil na quadra. Então eu comecei a sentir que esses são pontos fortes para mim agora”.

Voltando a 2023 e solução dos problemas com o forehand, a norte-americana explicou a importância de Riba e Gilbert nesse fundamento na coletiva de imprensa após a vitória sobre Caroline Wozniacki nas oitavas. “São duas gerações diferentes. Mas acho que ambos formam uma boa dupla. Para ser sincera, eu estava preocupada em trabalhar com uma pessoa mais velha antes de conhecer Brad. Ele é mais velho, mas ainda tem a mente de um garoto de 20 anos, talvez até mais novo. Às vezes de um garoto de 10 anos”.

“Acho que ele trouxe muito para mim. O trabalho de estatísticas eu acho incrível. Ele conhece basicamente todas as jogadoras, provavelmente apenas pelos comentários, já sabem como enfrentá-las. Acho que os relatórios são bastante precisos. Mas às vezes, você tem que mudar as coisas. Também com Pere, que para mim é quem tem tem feito mais coisas do dia a dia. Brad nem sempre consegue estar presente, porque também trabalha na ESPN e tudo mais. Ele tem me ajudado muito só na movimentação e nas tomadas de decisões. Acho que os dois trabalham juntos.

Recado para quem não acreditava

Na cerimônia de premiação, Gauff deu o recado até para os críticos e ‘haters’. Agradeceu até quem não acreditava nela, que achavam que ela tinha batido no teto quando nas conquistas de Washington e Cincinnati. “Para quem achava que colocava água nesse meu fogo, na verdade colocaram gasolina”. Ela reforçou o tema na entrevista coletiva: “Depois da derrota em Wimbledon, eu apenas senti que as pessoas diziam: ‘Ah, ela atingiu seu pico e pronto’. Eu vejo os comentários. As pessoas acham não, mas eu vejo. Estou muito ciente do que falam sobre mim no Twitter. Eu sei os nomes de usuário de vocês, então sei quem está falando besteira. Mal posso esperar para dar uma olhada no Twitter agora. (risos)

“No começo, eu pensava coisas negativas, em por que há tanta pressão e blá, blá, blá. De certa forma é uma pressão, mas não é real. Quero dizer, há pessoas que lutam todos os dias para alimentar as suas famílias, pessoas que não sabem de onde virá a próxima refeição, pessoas que têm de pagar as suas contas. Isso é pressão real, é dificuldade real, é vida real. Eu estou numa posição muito privilegiada, sou paga para fazer o que amo e recebo apoio para isso. Eu não deveria pensar tanto nos resultados. Eu simplesmente tenho uma vida de sorte, então devo aproveitá-la. Isso me ajudou a perceber o quão grata e abençoada eu sou”.

Legado das irmãs Williams no US Open
A conquista de Coco Gauff é ainda mais simbólica por ter sido apenas um ano depois da despedida de Serena Williams do circuito profissional, ajudando a manter a comunidade negra nos EUA, as mulheres principalmente, envolvida com o tênis. Ao longo de duas décadas, o ambiente no estádio em dias de jogos das irmãs Williams sempre mais diverso em um esporte ainda muito caro e pouco acessível. E Coco ajuda a fomentar uma segunda geração de fãs, que nos últimos anos também acompanharam a final entre Sloane Stephens e Madison Keys em 2017 e o bicampeonato de Naomi Osaka em 2018 e 2020. Como relatou o repórter André Galindo, do SporTV, muitos funcionários do café, da segurança, da limpeza do Arthur Ashe Stadium param para ver Gauff em quadra na final: ‘Ela é uma de nós’.  

Na coletiva, Gauff falou sobre o desejo de manter o legado das Williams e citou também as campeãs do passado, como Althea Gibson, e do presente, como Stephens e Osaka. “Elas são a razão pela qual tenho este troféu hoje, para ser sincera. Elas me permitiram acreditar nesse sonho, enquanto crescia. Não havia muitas tenistas negras dominando o esporte. Foi literalmente, naquela época, quando eu era mais jovem. Obviamente, mais jogadoras vieram por causa desse legado. Então, isso tornou o sonho mais verossímil. Mas todas as coisas pelas quais elas tiveram que passar tornaram mais fácil para alguém como eu fazer isso”.

“Quero dizer, você olha para trás e vê a história de Indian Wells com a Serena e tudo o que ela teve que passar, ou Venus lutando por premiações iguais. É uma loucura e é uma honra estar na mesma frase que Althea Gibson, Serena, Venus, Naomi e Sloane. Elas abriram o caminho para eu estar aqui. Lembro-me de Sloane ganhando este troféu em 2017. Eu estava jogando o juvenil e foi um momento inspirador para mim vê-la vencer porque cresci assistindo ela e conheço a Sloane desde os 10 anos de idade. E obviamente, Serena e Venus, palavras não podem descrever o que significaram para mim. Espero ser a continuação de um legado. Espero que outra garota possa ver isso e acreditar que pode fazer isso e que seu nome também possa estar neste troféu”.

Semifinalista do US Open, Fonseca pode chegar ao nº 1 do juvenil
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 7, 2023 às 9:50 pm

Fonseca pode ser número 1 se for campeão ou mesmo com vice, desde que Learner Tien não conquiste o torneio (Foto: David Nemec/USTA)

Semifinalista no torneio juvenil do US Open, João Fonseca tem a chance de chegar ao topo do ranking mundial de sua categoria. O carioca de 17 anos iniciou o torneio na sétima posição e enfrenta nesta sexta-feira o italiano Federico Cina, 16º colocado, a partir das 13h (de Brasília). O brasileiro venceu os dois duelos anteriores.

São duas as chances para Fonseca chegar ao número 1 do ranking juvenil: Se ele for campeão ou mesmo com o vice, desde que o norte-americano Learner Tien, 13º colocado, não conquiste o título. Tien enfrentará o francês Arthur Gea, 17º do ranking.

“Muito feliz com o nível que estou jogando. Agora, tenho que entrar em quadra e jogar o meu melhor tênis”, disse Fonseca, em entrevista ao canal SporTV. “Vou jogar a experiência para o meu lado, que sou um ano mais velho que o menino e já ganhei dele duas vezes”.

O brasileiro também se prepara para atuar sob forte calor em Nova York. “Tenho trabalhado com uma nutricionista e sei o quanto tenho que me hidratar. Vou me preparar o máximo possível. Na primeira rodada estava mais tenso, tive alguns espasmos depois do jogo, mas agora estou me sentindo bem fisicamente e mentalmente”.

Dois brasileiros estiveram na liderança do ranking, o alagoano Tiago Fernandes em 2010 e o gaúcho Orlando Luz em 2015. O cearense Thiago Monteiro também esteve próximo, foi vice-líder em 2012. Já o paranaense Thiago Wild, campeão juvenil do US Open em 2018, tem como seu melhor ranking no juvenil o oitavo lugar.

Como funciona o ranking juvenil
Fonseca tem atualmente 1.946 pontos no ranking, que considera os seis melhores resultados do tenista em simples ao longo do ano e mais 25% das seis melhores pontuações nas duplas. O brasileiro tem apenas 100 pontos a descartar e está somando 490 com a semi, com chance de 700 pontos com a final e mil pontos em caso de título. Dessa forma, ele pode ultrapassar a marca de 2.800 pontos se for campeão.

Na chave de duplas, Fonseca parou nas quartas, ao lado do búlgaro Iliyan Radulov. Eles foram superados nesta quinta-feira pelo sueco Max Dahlin e o estoniano Oliver Ojakaar por 6/4, 4/6 e 10-8. Pela campanha, o tenista vai somar 225 pontos.

O atual número 1 do juvenil é o russo Yaroslav Demin, que parou nas oitavas em Nova York e repetiu a mesma campanha do ano passado. Por tanto, ele deverá continuar com seus 2435,5 pontos. O segundo colocado é o mexicano Rodrigo Pacheco Mendez, que tem 2.255,5 pontos e parou nas quartas. Ele ganhou 300 pontos e descarta 100, chegando a 2.455,5. Já o terceiro do ranking, o norte-americano Cooper Williams, foi eliminado pelo próprio Fonseca nas quartas. Ele não melhora sua pontuação atual.

O britânico Henry Searle, campeão de Wimbledon e quarto colocado, o boliviano Juan Carlos Prado Angelo (quinto) e o búlgaro Iliyan Radulov (sexto colocado) sofreram eliminações precoces em simples. Já o canhoto Tien, que iniciou a compatição com 1.663 pontos, não tem nada a defender ou descartar e por isso ainda tem chance de chegar ao número 1.

Semifinais definidas também no feminino
As finalistas da chave feminina do juvenil também serão definidas nesta sexta-feira. Principal favorita, a eslovaca Renata Jamrichova enfrenta a tcheca Tereza Valentova. Já a também tcheca Laura Samsonova joga contra a norte-americana Katherine Hui.

João Fonseca será o cabeça 7 no US Open juvenil
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 2, 2023 às 3:40 pm

João Fonseca disputará o US Open juvenil pela segunda vez na carreira (Foto: Rafa Nadal Academy)

Brasileiro mais bem colocado no ranking mundial juvenil, ocupando atualmente o oitavo lugar, João Fonseca disputa o US Open de categoria na próxima semana. O carioca de 17 anos será o sétimo cabeça de chave do torneio.

Fonseca estreia neste domingo contra o holandês Mees Rottgering, 57º do ranking. A partida acontece ao meio-dia (de Brasília) na quadra 14. O único duelo anterior entre eles foi disputado no ITF J300 de Roehampton, na grama, com vitória brasileira em três sets.

Caso supere a rodada de estreia, Fonseca pode enfrentar o suíço Patrick Schoen ou o norte-americano Cooper Woestendick. O cabeça de chave mais próximo é o sérvio Branko Djuric, 10º favorito. E no mesmo quadrante está o norte-americano Cooper Williams, número 3 do ranking juvenil.

O russo Yaroslav Demin é o principal cabeça de chave e enfrenta o britânico Oliver Bonding. Já o mexicano Rodrigo Pacheco Mendez, que recentemente disputou dois torneios profissionais no Brasil e foi campeão em Belém, será o cabeça 2 e enfrenta o sul-coreano Jangjun Kim.

Esta será a segunda participação de Fonseca no US Open. Ano passado, ele caiu na estreia. O carioca disputou há duas semanas o ITF J300 de College Park, como preparação no piso duro, mas foi eliminado nas oitavas.

Quali teve três brasileiros
Três brasileiros tentaram o quali, sendo que o Nicolas Oliveira chegou a avançar uma rodada. Ele venceu o indiano Manas Dhamne por 6/3, 4/6 e 10-6, mas depois perdeu do sul-coreano Hoyoung Roh por 3/6, 7/6 (7-5) e 10-3. O paulista Henrique de Brito sofreu um duplo 6/4 do britânico Luca Pow, enquanto o paranaense Gustavo Almeida perdeu por 6/3 e 6/2 para o norte-americano Calvin Baierl.

Thiago Wild e Felipe Meligeni já venceram o US Open juvenil
O Brasil tem dois títulos no torneio juvenil do US Open. O paranaense Thiago Wild venceu em 2018, superando o italiano Lorenzo Musetti na final. Já o paulista Felipe Meligeni venceu nas duplas, ao lado do boliviano Juan Carlos Aguilar, em 2016. Já a parceria do gaúcho Rafael Matos com o mineiro João Menezes foi vice de duplas em 2014.

Enzo Kohlmann e Sofia Perovani vencem ITF em SP
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 2, 2023 às 2:44 pm

Sofia Perovani venceu seu segundo ITF aos 17 anos (Foto: João Pires/Fotojump)

Os campeões da Copa Juninho Tennis foram conhecidos neste sábado. O evento ITF J30 aconteceu nas quadras de saibro do Corinthians e premiou Enzo Kohlmann e Sofia Perovani com os títulos na categoria principal, de 18 anos, e recebem 30 pontos no ranking mundial juvenil. Todos os tenistas da chave eram brasileiros.

Principal favorito no masculino, Enzo Kohlmann venceu Carlos Gonzales por 6/3 e 6/4. Kohlmann, de 16 anos, é o atual 228º do ranking e conquistou seu primeiro ITF, enquanto Gonzales ocupa apenas o 1.534º lugar do ranking.

Na final feminina, Sofia Perovani superou a potiguar Beatriz Guerra por 6/1 e 6/3. A jogadora de 17 anos e 493ª do ranking conquistou seu segundo ITF e o primeiro desde 2021. Já Bia Guerra carregava uma invencibilidade de nove jogos, com título em Serra Negra na última semana.

As finais de duplas foram na sexta-feira à noite. Livia Daud e Luisa Silvestre venceram Julia Bordignon e Yasmin Costa por 6/3 e 7/6 (8-6). No masculino, Luiz Felipe Brandão e Enzo Sakiyama venceram a final contra João Vitor Toffoli e Mateus Yakasilo por 6/3 e 6/4.

Definidos campeões de 14 e 16 anos
A final masculina dos 16 anos teve Tomas Macedo vencendo Tiago Ferreira Iser por 6/1 e 6/2. Na final feminina, Sofia Albieri bateu Giulia Ferreira por 6/2 e 6/1.

Nos 14 anos, Bernardo Carvalho bateu Antonio Costantini Marques por 6/4 e 6/3, enquanto Maria Eduarda Carbone superou Sofia Giancoli por duplo 6/3.

Pietra Rivoli e Pedro Chabalgoity conquistam 2º ITF no Chile
Por Mario Sérgio Cruz
setembro 1, 2023 às 11:00 pm

Pietra Rivoli conquistou dois torneios seguidos no Chile nas últimas semanas (Foto: Reprodução/Instagram)

A sexta-feira foi de dois títulos para o tênis brasileiro ITF J60 de Santiago. A gaúcha Pietra Rivoli e o brasiliense Pedro Chabalgoity venceram o torneio em quadras de saibro na capital chilena. Para ambos, é o segundo título no circuito juvenil da Federação Internacional.

Pietra acumula dez jogos de invencibilidade, já que havia conquistado seu primeiro ITF na semana passada, também em Santiago. A gaúcha de 15 anos e 582ª do ranking venceu a chilena Camila Rodero por 5/7, 6/1 e 6/3.

A gaúcha também disputou a final de duplas, ao lado da catarinense Gabriela Cho. As brasileiras foram superadas nesta sexta-feira pela Josefa Fuenzalida e Martina Pavissich por 7/6 (7-5) e 6/3. Cho havia feito semifinal em simples, superada pela própria Pietra. Na semana passada, elas foram campeãs de duplas.

Por sua vez, Pedro Chabalgoity conseguiu seu maior título, depois de ter vencido um ITF J30 no Peru em junho. O brasiliense de 15 anos e 793º do ranking superou na final o chileno Francisco Duran, principal cabeça de chave do torneio e 295º colocado, por 6/3 e 6/2.

Tanto Pietra quanto Chabalgoity fizeram parte da equipe brasileira vice-campeã do Sul-Americano de 16 anos e classificada para os mundiais da categoria, as copas Davis e Billie Jean King Junior, que serão disputadas em novembro na Espanha. A gaúcha se mudou recentemente para São Paulo e passou a treinar no Time RTB, mesma equipe da qual o brasiliense também já faz parte.

Também no Chile, Pedro Dietrich foi campeão na categoria 16 anos. Ele venceu o anfitrião Leon Correa por 6/2, 4/6 e 6/1. Este foi seu primeiro título de simples no ano. Já nas duplas, Dietrich foi vice, ao lado do boliviano Luis Acevedo. Eles foram superados na final pelos bolivianos Alejandro Bejarano e Leonardo Suarez por 6/4 e 6/2.

Nicolas Oliveira cai na rodada final do quali em NY
O carioca Nicolas Oliveira, de 17 anos e 90º do ranking, caiu na rodada final do quali do US Open juvenil, superado pelo sul-coreano Hoyoung Roh, 67º colocado por 3/6, 7/6 (7-5) e 10-3. Oliveira vinha vitória na estreia sobre o indiano Manas Dhamne. O quali ainda teve Gustavo Almeida e Henrique de Brito, eliminados ainda na quinta-feira.

Finais definidas em São Paulo
Foram definidos nesta sexta-feira os finalistas da Copa Juninho Tennis, evento ITF J30, que acontece nas quadras de saibro do Corinthians, na capital paulista. O título masculino será decidido entre Enzo Kohlmann e Carlos Gonzales, enquanto a final feminina será entre a paulista Sofia Perovani e a potiguar Beatriz Guerra. As meninas se enfrentam neste sábado às 10h e os meninos jogam na sequência.

Principal favorito no masculino, Enzo Kohlmann venceu o cabeça 3 Luiz Felipe Brandão por 6/3 e 6/2. Na outra semifinal Carlos Gonzales superou Lucas Nakasato por 7/5 e 6/4. Ambos buscam o 1º título no circuito juvenil. Kohlmann, de 16 anos, é o 228º do ranking, enquanto Gonzales ocupa apenas a 1.534º poisção.

Na disputa feminina, a cabeça 1 Sofia Perovani venceu Julia Viesi por 6/2, 6/7 (5-7) e 7/5. A jogadora de 17 anos e 493ª do ranking busca seu segundo ITF. Na outra semi, Beatriz Guerra mantém a boa fase. Vinda de título em Serra Negra, ela venceu Yasmin Costa por 4/6, 6/0 e 6/3.

US Open tem jovens candidatos ao título e apresenta caras novas
Por Mario Sérgio Cruz
agosto 27, 2023 às 10:49 pm
Coco Gauff chega ao US Open motivada por títulos em Washington e Cincinnati (Foto: Peter Staples/USTA)

Coco Gauff chega ao US Open motivada por títulos em Washington e Cincinnati (Foto: Peter Staples/USTA)

A disputa do US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, tem início nesta segunda-feira com os primeiros jogos da chave principal. No ano passado, a competição teve dois jovens e inéditos campeões, Iga Swiatek e Carlos Alcaraz, que voltam a Nova York na liderança dos rankings. Outros dois jovens candidatos a disputar o título são Coco Gauff e Jannik Sinner, que conquistaram torneios importantes nas semanas preparatórias.

E como de costume em qualquer Grand Slam, será mais um torneio com caras novas. Os organizadores priorizaram a nova geração do tênis norte-americano, especialmente os tenistas que se destacaram no circuito juvenil ao longo da temporada. Também estarão em quadra jovens tenistas que furaram o quali ou evoluíram de forma significativa neste ano. Veja o que esperar da nova geração no US Open.

Alcaraz e Swiatek defendem o título e o número 1

ga Swiatek e Carlos Alcaraz são os líderes do ranking e são os atuais campeões do US Open (Foto: David Nemec/USTA)

Carlos Alcaraz e Iga Swiatek estão em situações parecidas neste US Open. Campeões na temporada passada, o espanhol e a polonesa defendem o título e o número 1 nos rankings da ATP e WTA, ameaçados por Novak Djokovic e Aryna Sabalenka. Enquanto Swiatek tem mantido a liderança por 75 semanas, apesar de ter corrido riscos em Roland Garros e Wimbledon, Alcaraz trocou de posição com Djokovic algumas vezes ao longo do ano. Atualmente, a diferença entre o espanhol e o sérvio é de apenas 20 pontos.

Alcaraz está num lado mais forte da chave masculina, com Jannik Sinner e Alexander Zverev em seu quadrante, além do número 3 do mundo Daniil Medvedev como possível adversário na semi. O espanhol de 20 anos estreia contra o alemão Dominik Koepfer. Se vencer, encara o argentino Guido Pella ou o sul-africano Lloyd Harris. Os britânicos Daniel Evans e Cameron Norrie são possíveis rivais de terceira rodada e oitavas.

Iga Swiatek precisa vencer um jogo a mais que Aryna Sabalenka no torneio para se manter na liderança. Há grande expectativa para um reencontro com Coco Gauff, sua algoz em Cincinnati, que pode acontecer nas quartas. E a cazaque Elena Rybakina é uma possível rival na semi. A estreia da polonesa é contra a sueca Rebecca Peterson, sendo que Jelena Ostapenko e Veronika Kudermetova podem pintar nas oitavas.

Gauff e Sinner conquistaram títulos nas últimas semanas
Durante a preparação para o US Open, Coco Gauff e Jannik Sinner conquistaram os maiores títulos de suas carreiras. A norte-americana de 19 anos foi campeã do WTA 500 de Washington e do 1000 de Cincinnati, enquanto o italiano de 22 anos venceu seu primeiro Masters 1000 em Toronto. Gauff está com o melhor ranking na carreira, ocupando o 6º lugar, e abre a rodada noturna do Arthur Ashe Stadium nesta segunda-feira às 20h (de Brasília). Ela enfrenta a experiente alemã de 35 anos e vinda do quali Laura Siegemund, ex-top 30 e atual 121ª do ranking. Sinner, número 6 da ATP, joga na terça contra o alemão Yannick Hanfmann.

Um dos segredos para sua grande fase de Gauff é chegada de uma nova equipe, com o técnico espanhol Pere Riba e o veterano treinador e ex-comentarista de TV Brad Gilbert, que atua como consultor no time e também divide toda sua experiência de já ter treinado nomes como Andre Agassi, Andy Roddick e Andy Murray.

“Tenho uma nova equipe ao meu redor. Às vezes, ter uma perspectiva diferente pode mudar tudo. Acho que tenho uma nova perspectiva e estou gostando muito. E agora tenho mais confiança no meu jogo. Confio no trabalho que fiz nos treinos e espero poder continuar a traduzir isso em jogos. Agosto foi um ótimo mês para mim e espero seguir em frente”, disse a norte-americana na coletiva de imprensa da última sexta-feira.

Confiança também é a palvara-chave para Sinner, que também tem uma dupla de treinadores, Darren Cahill e Simone Vagnozzi: “Meu nível de confiança aumentou em relação ao ano passado”, disse Sinner ao site da ATP após o título no Canadá “Me sinto muito melhor em quadra e mais confortável. Fizemos um bom trabalho durante a pré-temporada o que é muito importante para mim. Senti que estava ficando mais forte também fisicamente. Isso me ajuda a competir mesmo quando não me sentia 100 por cento”.

Caras novas em Nova York
Campeã juvenil de Wimbledon, a norte-americana de 17 anos Clervie Ngounoue é a única estreante em Grand Slam da chave principal feminina. Ela recebeu convite dos organizadores. Sua estreia será contra a australiana Daria Saville. E em caso de vitória, pode cruzar o caminho de Iga Swiatek. Ngounoue ocupa atualmente o 531º lugar do ranking profissional e chegou a vencer um jogo no quali de Washington. Os organizadores também convidaram duas anfitriãs de 19 anos Robin Montgomery (campeã juvenil em 2021) e Ashlyn Krueger, que já estiveram nas últimas edições.

A caçula na chave, entretanto, é a russa de 16 anos Mirra Andreeva. Mas apesar da pouca idade, ela já vai para o terceiro Grand Slam da carreira, depois de ter feito boas campanhas desde os qualis em Roland Garros e Wimbledon. Ela chegou à terceira rodada em Paris e às oitavas em Londres. Sua estreia é contra a australiana vinda do quali Olivia Gadecki, com chance de enfrentar Gauff na segunda rodada.

Com apenas 16 anos, Mirra Andreeva já vai para o terceiro Slam (Foto: Peter Staples/USTA)

Com apenas 16 anos, Mirra Andreeva já vai para o terceiro Slam (Foto: Peter Staples/USTA)

Na chave masculina, o caçula é o tcheco de 17 anos Jakub Mensik, que passou por um quali com três rodadas. Ele derrotou o veterano italiano Fabio Fognini e também passou pelo suíço Leandro Riedi e por seu compatriota Zdenek Kolar. Atual 206º do ranking, Mensik já tem um título de challenger, conquistado este ano em Praga e fará sua estreia em chaves principais de Grand Slam. Sua estreia é contra o francês Gregoire Barrere, 56º do mundo. Se vencer, ele pode enfrentar o italiano Lorenzo Musetti (cabeça 18) ou o francês Titouan Droguet, também vindo do quali.

Outro novato neste US Open é o norte-americano Learner Tien, canhoto de 17 anos e 700º da ATP, que recebeu convite após um bom primeiro semestre no circuito juvenil. Ele chegou ao quarto lugar no ranking mundial da categoria após uma final do Australian Open e a semi de Roland Garros. Tien também foi campeão de duplas em Melbourne e dá os primeiros passos no tênis profissional já com um título de simples e dois de duplas em torneios da ITF. Ele terá um duelo norte-americano contra Frances Tiafoe na estreia.

O tcheco de 17 anos Jakub Mensik é um dos caçulas da chave masculina (Foto: Peter Staples/USTA)

O tcheco de 17 anos Jakub Mensik é um dos caçulas da chave masculina (Foto: Peter Staples/USTA)

Pietra Rivoli, de 15 anos, conquista 1º ITF no Chile
Por Mario Sérgio Cruz
agosto 27, 2023 às 5:37 pm

Pietra Rivoli venceu os torneios de simples e duplas em Santiago (Foto: Luiz Cândido/CBT)

A juvenil gaúcha Pietra Rivoli, de 15 anos, conquistou neste domingo seu primeiro título no circuito mundial da ITF. Ela venceu o J60 de Santiago, superando na final a chilena Agustina Soto Neira por 6/2 e 6/0.

Pietra ocupa atualmente o 923º lugar do ranking mundial juvenil e receberá 60 pontos pela conquista. Com isso, ela deve se aproximar da 600ª posição. Para a composição do ranking são considerados os seis melhores resultados em simples e mais 25% da soma dos seis melhores resultados em duplas.

A gaúcha vinha em boa temporada no circuito de 16 anos, com quatro títulos e um vice-campeonato em torneios da Cosat, além da participar da equipe brasileira que se classificou para a Billie Jean King Cup Júnior. Ela disputou sua primeira final de ITF depois de já ter alcançado duas semis.

No início do ano, Pietra se mudou para São Paulo e passou integrar o time RTB, tendo a companhia de nomes como Bia Haddad Maia e Luísa Stefani nas rotinas de treinos. “Elas são gigantes. Essa ascensão da Bia, da Luísa e da Laura [Pigossi] inspira demais a gente. Particularmente, isso faz com que eu queira cada vez mais e saiba que é possível chegar onde elas estão”, disse Pietra Rivoli, em entrevista a TenisBrasil em março. “Já tinha contato com o Leo [Azevedo], que é técnico da Luísa. E agora que estou aqui em São Paulo, tenho certeza de que vou ter mais contato com a Bia e a Luísa.

A semana foi perfeita para Pietra no Chile. Ela também foi campeã de duplas, em parceria nacional com a catarinense Gabriela Cho. As brasileiras venceram a norte-americana Aida Oviedo e a mexicana Angeles Rodriguez-Rizo por 6/4 e 7/6 (7-1). Pietra ganhou seu primeiro torneio nas duplas. Cho tem agora três conquistas nas duplas e mais uma em simples.

João Bonini e Bia Guerra campeões em Serra Negra, Pietra é finalista no Chile
Por Mario Sérgio Cruz
agosto 26, 2023 às 6:00 pm

O paranaense João Bonini venceu uma final brasileira e conquistou seu primeiro ITF (Foto: Reprodução/Instagram)

A potiguar Beatriz Guerra e o paranaense João Bonini conquistaram os títulos da Kirmayr Juniors Cup, torneio ITF J30 é disputado no Centro de Treinamento Kirmayr, na cidade paulista de Serra Negra. As finais foram realizadas na manhã deste sábado.

Principal cabeça de chave do masculino e 657º do ranking aos 16 anos, João Pedro Bonini venceu Washington Cardoso, de apenas 15 anos, por 6/4 e 6/1. Bonini conquistou seu primeiro ITF, depois de ter alcançado uma recente final no Paraguai no fim de julho.

Na final feminina, Beatriz Guerra também conquistou um título inédito no circuito da Federação Internacional. A jogadora de 17 anos e que já está em transição para o tênis profissional derrotou Giovana Barbosa por 6/1 e 6/2. Guerra disputou seu primeiro torneio juvenil desde dezembro e já tinha uma final de ITF no ano passado na Argentina.

Definidos também os campeões de duplas
Na final de duplas masculinas, Washington Cardoso e Bernardo Vialle venceram Carlos Gonzales e Lucas Ranciaro por 6/4 e 6/3. Os campeões, ambos de 15 anos, conquistam o 1º ITF. Na final feminina, Bia Guerra e Livia Daud derrotaram Luiza Eidelvein e Isabelle Turra Karam por 7/6 (10-8) e 7/6 (12-10). Guerra conquistou seu 2º título de duplas, Daud venceu pela primeira vez. A paulista de 17 anos ganhou um torneio de simples no Paraguai em julho.

Finais dos 14 e 16 anos
O título dos 16 anos feminino ficou com Luisa Guimarães, que derrotou Sofia Albieri por 6/1 e 6/2. As finalistas de simples foram também campeãs de duplas. Na final masculina, Mateus Nogueira venceu João Cunha por 7/6 e 6/3. Os campeões de duplas foram Marcco Iannoni e João Jardim Nogueira.

Nos 14 anos, Davi Araújo de Sousa venceu a final masculina contra Henrique Vialle por 2/6, 7/6 e 10-5. Já Maria Eduarda Carbone ficou com o título no feminino, beneficiada pela desistência da vice Manuela Banietti.

Pietra Rivoli também busca o 1º ITF no Chile
A gaúcha de 15 anos Pietra Rivoli também busca seu primeiro título de ITF e está na final do J60 de Santiago, no Chile. A atual 923ª do ranking venceu na semifinal deste sábado a chilena Camila Rodero por 6/3, 3/6 e 6/2. Ela enfrenta na final a também anfitriã Agustina Soto Neira.

Pietra também tenta o título de duplas, ao lado de Gabriela Cho. Depois de três vitórias na semana, as brasileiras disputam a final contra a norte-americana Aida Oviedo e a mexicana Angeles Rodriguez-Rizo.