A possibilidade de mudança do piso no Rio Open, que tenta trocar o saibro pela quadra dura, foi vista com bons olhos por dois grandes nomes do tênis nacional. Embora tenham brilhado principalmente na terra batida, tanto Gustavo Kuerten como Fernando Meligeni apoiam a ideia de mudar a superfície do ATP 500 carioca.
"Se precisar ser em quadra dura para trazer bons jogadores, é algo então que precisa ser feito. Temos que lembrar também que há um Parque pronto aqui do lado e isso é muito provocativo. Pode não ser boa a troca para o brasileiro neste momento, mas quem sabe como será daqui 10 anos", opinou o ex-número 1 do mundo.
Meligeni lembrou que se fosse nos seus tempos não iria gostar da troca, mas acredita que ela será positiva para o evento. "Como jogador eu acharia muito ruim, pois você perde um torneio de saibro e eu era um cara que lutava sempre pelo circuito de saibro. Estaria brigando com todo mundo para não deixar que a temporada de quadra rápida ficasse cada vez maior e a de saibro menor", comentou Fininho.
"Só que olhando hoje o torneio, eu acho muito importante virar quadra rápida. É uma semana antes do ATP 500 de Acapulco e duas antes da sequência Indian Wells e Miami. Você não tem chance nenhuma de trazer caras bons. Tenista é simples: não gosta de ficar trocando de uma quadra para outra", acrescentou Meligeni.
Os próprios jogadores brasileiros não se colocaram contrários à possível mudança, que ganhou o endosso de caras como o mineiro Marcelo Melo e o paulista Rogério Silva. Foi justamente de fora que veio o discurso defensor do atual piso do Rio Open: o ucraniano Alexandr Dolgpolov se posicionou avesso à troca do saibro pelo sintético.
"É bom ter temporadas no saibro (como a sul-americana). Depois de Wimbledon também há uma e aqui temos essa, que existe há muito tempo. Acho que quem quer jogar em quadras rápidas pode escolher ir para a Europa ou os Estados Unidos. Para quem quer jogar no saibro é bom vir jogar aqui e acho que está bom assim", afirmou Dolgopolov.