Dubai (Emirados Árabes) - O tênis continua a ser um esporte empolgante e cresce a cada temporada. Mas, segundo o suíço Roger Federer, as entidades que organizam a modalidade precisam levar a sério o problema do mercado de apostas.
"De uma forma geral, o tênis cresce a cada temporada. Cada vez vemos estádio mais cheios, os torneios ficando mais e mais profissionais. Até mesmo o circuito challenger está em ascensão e ainda podemos fazer mais", afirmou em entrevista em Dubai.
"Mas ao mesmo tempo precisamos deixar mais claras algumas coisas no tênis e a questão do mercado de apostas é uma das mais sérias", pontua o recordista de troféu sde Grand Slam. "Esse é o problema que as entidades precisam cuidar. Há um relatório a ser divulgado agora em março que me interessa muito para saber em que pé estão as coisas".
A Federação Internacional, através de um programa especial de vigilância, tem punido uma série de tenistas de terceiro escalão por fazer arranjos de resultados, alguns deles até com banimento total do esporte. Os Grand Slam por sua vez têm feito severa vigilância e acordos com as casas de apostas tentam detectar situações anormais.
Federer também acha que os jogadores precisam se conscientizar da importância que é fazer o espetáculo. "Eu vejo muito tênis e por vezes aquela demora enorme entre um ponto e outro me desestimula a assistir à partidas. Seria importante que os tenistas reconhecessem que não jogam apenas para si próprios mas para os fãs também".
Ele diz que, apesar de sua inevitável aposentadoria, o tênis continuará sendo uma atração. "Em algum momento eu, Rafa (Nadal) ou Novak (Djokovic) iremos nos aposentar, mas então será oportunidade para outros. Eu vejo o tênis como um esporte superexcitante pelos próximos 10, 20 ou talvez 50 anos".
