São Paulo (SP) - Após a conquista do torneio de duplas do Brasil Open, André Sá destacou o rápido entrosamento com Rogério Dutra Silva. A parceria 100% nacional jamais havia jogado lado a lado e comemorou um título logo no primeiro torneio que disputaram juntos.
"A gente nunca tinha jogado juntos antes. Eu o vi jogando este ano em Chennai e em Melbourne, vi que ele estava jogando muito bem e até comentei com o técnico dele que se sobrasse espaço para jogar, era alguém que eu iria convidar", disse Sá que venceu a final por 7/6 (7-5), 5/7 e 10-7 em 2h02 de jogo.
"A gente se sentiu muito bem e fomos nos entrosando durante a semana. Combinamos jogadas que foram dando certo, a gente jogou em estratégias diferentes em cada jogo e isso fez a diferença. Foi uma semana especial e deu tudo certo, a devolução no 7-6 do tiebreak resumiu isso", acrescentou o veterano de 39 anos que venceu seu 11º título de duplas na ATP.
O mineiro reconhece que não conseguiu repetir as boas atuações da semana, mas destacou o alto nível dos adversários. "O jogo hoje foi nervoso. Acho que todos os quatro em quadra poderiam jogar melhor e jogaram melhor durante a semana, mas uma final é sempre uma oportunidade gigante para todos e foi um jogo mais nervoso".
"No primeiro set a gente foi bem, conseguimos fazer o que tínhamos programado de estratégia. O segundo escapou um pouquinho por alguns pontos e eles confirmavam o saque muito fácil, a gente não botava pressão. Isso é mérito deles, porque eles variam muito o saque e têm um estilo muito complicado, então eles não te dão muito ritmo. Obviamente, eles estão jogando bem".
Rogerinho comemorou seu primeiro título de ATP neste fim de semana. "Eu tinha jogado uma final há em Hamburgo, em 2012, e a sensação é muito boa. Numa final em casa e em um torneio muito tradicional é muito bom. Todo jogador brasileiro pensa em jogar bem aqui, então ganhar em casa ao lado do André que é uma lenda do tênis é muito bacana. Aprendi muito com ele e vai me ajudar muito daqui para frente também em simples".
O paulista destacou o apoio da torcida no Esporte Clube Pinheiros. "Foi um fator essencial para nós. Esse lado na hora de chamar a torcida foi essencial nos pontos importantes, na hora que as coisas não estavam dando tão certo. Isso deu muita confiança para a gente e jogar em casa foi um sentimento fantástico".
Vindo de duras derrotas em torneios de simples no saibro sul-americano, o paulista espera que o título traga a retomada de sua confiança. "Vai me ajudar muito, porque eu sinto que estou jogando bem mas faltava exatamente um pouco de confiança. Acabei perdendo um jogo com match point em Buenos Aires. No Rio e aqui, eu não consegui desempenhar o que eu sinto que venho jogando.
O jogador de 33 anos é 84º do mundo e está a duas posições do melhor ranking da carreira. "Há muito tempo eu tento me firmar mais nesse nível ATP. É claro que quando precisar jogar challenger eu vou jogar, mas vou focar mais no nível ATP e sinto que estou bem. Jogar contra todos esses caras e ser campeão essa semana vai me dar muito gás e me adaptar muito mais a esse nível".
