Paris (França) - Depois de vencer o russo Andrey Kuznetsov em quatro sets na estreia em Roland Garros, Andy Murray acredita que evoluiu no decorrer da partida. O britânico destaca, inclusive, que a boa vantagem estabelecida possibilitou que ele pudesse testar e ter sucesso em jogadas diferentes no término da partida.
"Joguei melhor no final. Alguns golés são muito mais fáceis de fazer quando você já venceu dois sets e ainda tem 5/0 acima", disse Murray após vencer Kuznetsov por 6/4, 4/6, 6/2 e 6/0 nesta terça-feira em Paris.
"É diferente tentar um drophot, um lob ou um winner de devolução em um break point nesse estágio do jogo e tentar no 4/4 do primeiro set. Eu estava apenas tentando vencer a partida e certamente não estava achando divertido", comentou o britânico.
"Eu comecei a me movimentar um pouco melhor no fim e estava batendo a bola melhor quando me defendia. Isso é uma coisa que não fiz tão bem nas últimas semanas e também não estava fazendo bem também no começo do jogo", lembrou o tenista, que perdeu nas oitavas em Madri e na estreia em Roma.
"Mas a partir do momento que eu tive mais controle da bola quando me defendia, não havia mais margem para ele nos pontos. Foi um bom começo de torneio, considerando a forma como joguei e o andamento da partida", finaliza o líder do ranking, que enfrenta o eslovaco Martin Klizan na próxima rodada.
Diante da volta de Andre Agassi ao circuito para treinar Novak Djokovic, Murray compartilhou um pouco de suas recordações com o ex-número 1. "Eu adorava vê-lo jogar quando era criança. Quando cheguei ao circuito, comecei a trabalhar com Brad Gilbert, que o treinou por um longo tempo. Então saíamos para jantar com ele e temos boas histórias", comentou o britânico.
"Uma vez estávamos em um hotel em Las Vegas e ele se ajoelhou para abrir uma porta, daquelas que tem uma maçaneta bem longa. Perguntei, então, o que ele estava fazendo e ele me disse: 'Ninguém põe a mão aqui'. Ele tem medo de germes".
O número 1 do mundo também foi perguntado a respeito do polêmico artigo escrito pela lenda australiana Margaret Court que condenava o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O britânico pensa diferente da vencedora de 24 títulos de Slam e expôs seu ponto de vista.
"Eu não entendo porque vêem problema com duas pessoas que se amam poderem se casar. Se são dois homens ou duas mulheres, isso não deveria importar. Não é da conta de mais ninguém. Na minha opinião, todo mundo deveria ter direitos iguais".