Bangcoc (Tailândia) – O neozelandês Alex Hunt está chamando a atenção pelos bons resultados em torneios regionais na Ásia. No mês passado, ele se destacou na Tailândia, durante o Singha Classic, em que derrubou o nº 10 do país e ganhou vaga na chave principal. O jogador de 23 anos nasceu sem o antebraço esquerdo, mas nunca deixou que isso afetasse sua paixão pelo tênis, que pratica com adversáriosque não têm nenhuma deficiência física. Isso é possível graças ao uso de uma prótese de fibra de carbono.
Hunt sonha com subir no ranking profissional e inspirar outros. "Quando eu olho para vocês, pessoas com dois braços, eu penso: ‘Cara, isso é estranho’. Não tenho a menor ideia de como é, por isso acho vocês esquisitos e vocês provavelmente um pouco estranho”, ele brinca.
Ele é bastante realista sobre seus objetivos. "Tenho sonhos, claro, como de jogar um Grand Slam, coisas assim. Mas os objetivos para o ano que vem são apenas ter um ranking mundial, viajar o mundo, encontrar pessoas como aqui na Tailândia."
Mas acima de tudo, Alex Hunt quer estimular jovens de todo o mundo a pegar numa raquete. "Jogo desde que tinha dois, três anos, minha vida toda praticamente", disse entre treinos para uma série de futures em Hua Hin. O neo-zelandês nunca viu sua deficiência como um problema. "Este é um grande sonho meu, inspirar crianças ou talvez outras pessoas que têm deficiências, que eles não precisam se preocupar, que podem ter uma vida normal”, disse. Na manhã desta terça-feira, Hunt caiu diante do quinto favorito, o tailandês Wishaya Trongcharoenchaikul, por 6/1 e 6/2.