Paris (França) - Garantido em sua quarta final de Grand Slam na carreira, Stan Wawrinka tenta manter seu perfeito retrospecto em decisões. Após a vitória sobre o número 1 do mundo Andy Murray na semifinal, o suíço acredita que os três títulos de Slam já obtidos dão confiança suficiente para desafiar Rafael Nadal no próximo domingo.
"Ganhar todas as finais de Grand Slam em que estive me dá a confiança que preciso. Isso mostra que eu posso jogar meu melhor tênis quando tenho uma partida como essa. Já fiz isso três vezes e sei o que é preciso para ganhar um Grand Slam".
Wawrinka já derrotou Nadal em uma final de Grand Slam, mas sabe que a missão em Roland Garros será ainda mais difícil. "Quando você joga contra o Rafa em Roland Garros, você nunca é o favorito. Se você perder, é quase normal. Então eu vou procurar soluções e tenho que estar muito bem fisicamente e mentalmente".
"Mas não quero pensar sobre isso agora. Quero aproveitar a vitória de hoje, porque não é todo o tempo que você pode dizer que você vai jogar uma final de um Grand Slam, especialmente em Paris", avalia o jogador de 32 anos, que é o mais velho finalista de Roland Garros desde Niki Pilic em 1973.
"Conheço a dor da derrota. Então, nos momentos em que as coisas funcionam bem, você realmente tem que aproveitá-los completamente", avalia o suíço, que poderá ser número 2 do mundo se for campeão. "Eu nem assisti a semi do Rafa contra o Thiem. Neste momento, quero aproveitar a vitória de hoje. Pode parecer um pouco egoísta, mas vou vê-lo no domingo".
Campeão na Austrália em 2014, em Roland Garros no ano seguinte e no US Open da temporada passada, Wawrinka conta sobre foi para lidar mentalmente com cada uma das finais. "Na primeira, eu estava completamente feliz e relaxado antes da final e mesmo quando entrei em quadra. A única vez que fiquei estressado foi quando eu estava perto de ganhar, mas nas outras duas eu fiquei completamente estressado e nervoso antes da final".
"Eu ficava pensando que talvez fosse minha última final de Grand Slam e que precisava do título. O mais importante quando você entra em quadra é se concentrar no que você tem que fazer, no que você fez nos treinos e tentar jogar ponto a ponto. Essa é a única maneira de ganhar uma final de Grand Slam".
O suíço também avaliou o desempenho que teve na vitória por 6/7 (6-8), 6/3, 5/7, 7/6 (7-3) e 6/1 em 4h34 contra Andy Murray. "Tivemos alguns pontos loucos e alguns bons ralis", disse. "Foi especial jogar contra ele e não foi fácil reverter 2 sets a 1. Quando você joga com ele, você pode até dominar a partida, mas tem que saber que ele vai fazer as jogadas certas no momento certo. Foi uma grande batalha".
Foi uma revanche para Wawrinka que havia perdido para Murray na semifinal do ano passado. "No ano passado ele era mais forte. Ele foi muito agressivo e nunca me deixou realmente entrar no jogo. Hoje ele estava menos confiante, um pouco mais hesitante e isso me deu um pouco mais de tempo para impor meu jogo".