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Em sua melhor fase, Bia se prepara para a grama
16/06/2017 às 16h28

Bia está com o melhor ranking da carreira e entrou diretamente na chave em Wimbledon

Foto: Fred Santos/ITF
Mário Sérgio Cruz

É inegável que Beatriz Haddad Maia vive o melhor momento de sua carreira. Com 21 anos recém-completados, a jovem paulista começa a figurar no grupo das cem melhores jogadoras do mundo. Na semana em que aparece com seu melhor ranking, ao ocupar o 94º lugar, Bia se prepara para os torneios na grama de olho em Wimbledon, que começa em 3 de julho.

Em Londres, Bia disputará uma chave principal de Grand Slam pela segunda vez na carreira. A primeira aparição aconteceu no último mês, em Roland Garros, quando ela manteve o embalo das boas atuações na temporada de saibro para vencer os três jogos do qualificatório e só parar na top 15 russa Elena Vesnina.

Jogar na grama é uma experiência ainda rara para a paulista, que disputou apenas cinco torneios no piso como profissional além de ter disputado três edições da chave juvenil do Grand Slam britânico. Bia vem se preparando na cidade espanhola de Mallorca, que recebe um WTA na grama na próxima semana, e treinou com a ex-top 15 e finalista de Wimbledon em 2013 Sabine Lisicki, disposta a se desenvolver no piso.

Em entrevista a TenisBrasil, a número 1 do país falou sobre o bom momento na carreira, das vitórias expressivas sobre as experientes Samantha Stosur e Sara Errani no saibro e da preparação para atuar na grama.

Confira a entrevista com Beatriz Haddad Maia:

Em primeiro lugar, você pode descrever e comparar as sensações de furar um quali de Slam, como foi em Roland Garros, e a de ver o nome na lista em Wimbledon? 

Roland Garros foi bem legal! Eu, German (Gaich, técnico) e Paulão (Santos, fisioterapeuta) estávamos com uma energia boa entre nós. Conseguíamos trabalhar nossos objetivos a cada jogo, e da mesma maneira foi na chave contra a (Elena) Vesnina. Claro que é especial um Grand Slam, mas fiquei normal, estou entendendo melhor meu jogo, o que venho fazendo a cada ponto e os resultados são naturais. E Wimbledon também, tudo consequência desse trabalho que vem sido feito ao longo de muitos anos. 

No jogo com a Vesnina, você sentiu que teve chances de sair com um resultado ainda melhor? O que você acha que poderia ter mudado ali? 

Ela jogou muito bem, joga muito rápido por baixo e não é fácil tirar a bola da cintura de jogadoras assim que estão sempre se impondo. Eu tentei o meu melhor, fui agressiva também e uma tinha que perder. O tênis é assim! 

Você jogou em muitas semanas seguidas entre Praga, Cagnes sur Mer, Roland Garros e Bol. Como foi sua rotina de treinos num período com tantos jogos seguidos e o trabalho para prevenir lesões? 

Eu comecei a gira com o German e, em Roland Garros, o Paulão chegou. Ele cuida bastante da minha parte fisica e assim consigo estar sempre preparada e forte fisicamente. 

Você chegou ao top 100, é 61ª considerando só os resultados do ano, e teve vitórias expressivas contra Stosur e Errani, que já foram top 5. O quanto esses resultados dão confiança para a sequência na temporada? 

Esses resultados mais uma vez são consequência de todo o trabalho que faço com o German, físico com o preparador físico Alex Matoso, da Tennis Route, e que vem fazendo parte da minha rotina. Nada vem de um dia para o outro, todos os dias busco o meu melhor e me apego no que eu posso fazer! E naqueles dias fiz o mesmo. 

Você ficou com uma semana livre antes dos torneios na grama. Onde e como está sendo sua preparação e quais as impressões que você teve do seu jogo nas poucas vezes que jogou no piso? 

Sigo na mesma rotina. A gente tirou dois dias de descanso e estamos trabalhando forte essa semana para a grama! O jogo é bem diferente, tem que estar bem baixa sempre, forte mentalmente e resiliente! 

Qual será o calendário para as próximas semanas? 

Jogo Mallorca, Eastbourne, Wimbledon e volto para o Rio para me preparar para os WTAs na quadra dura que antecedem o US Open.                        

Como foi treinar com Sabine Lisicki na grama? 

A Lisicki foi no meu primeiro dia na grama (risos). Claro que foi diferente, ela pega firme também e é experiente! Foi bem legal e consegui treinar bem.

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