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Djokovic defende nova regra por menos desistências
04/07/2017 às 17h35

Djokovic acredita que modelo adotado pela ATP é o ideal

Foto: Arquivo

Londres (Inglaterra) - Em um dia com duas desistências por lesão na Quadra Central de Wimbledon, Novak Djokovic acredita que é preciso uma mudança de regra nos Grand Slam, semelhante a que passou a ser adotada este ano no circuito masculino. A ideia é evitar que aconteçam tantos abandonos durante a primeira rodada.

A ATP tem testado um modelo ao longo na atual temporada em que os jogadores que entram diretamente nas chaves, mas têm alguma lesão pré-existente, possam abrir mão da participação recebendo a premiação em dinheiro da primeira rodada e permitindo que um lucky-loser atue em melhor condições físicas.

"Acho que a nova regra da ATP permite que os jogadores que entram numa chave principal de Grand Slam recebam o que eles merecem", disse Djokovic, que vencia o eslovaco Martin Klizan por 6/3 e 2/0, quando o rival abandonou por lesão na perna esquerda. No mesmo dia, Roger Federer venceu o ucraniano Alexandr Dolgopolov por 6/3, 3/0 e desistência.

"Por outro lado, ela permite que outras pessoas joguem se puderem. Eu apoio esse tipo de regra e tenho certeza de que os jogadores que abandonaram também", acrescenta o número 4 do mundo, que agora enfrenta o tcheco Adam Pavlasek.

Mas o sérvio também alerta que, no caso específico de Wimbledon, alguns jogadores podem jogar mesmo fora de suas melhores condições por conta da importância da competição. "Este torneio tem um lugar especial na carrreira de muitos jogadores. A aura de Wimbledon provavelmente sempre foi o mais forte que a de qualquer outro torneio".

"Tenho certeza de que a maioria dos jogadores do circuito, se não todos, sente isso. Há uma responsabilidade, especialmente se você entra na Quadra Central, e tenho certeza de que eles tentaram o seu melhor. Mas é assim que as coisas são".

Por conta da curta duração das partidas envolvendo Djokovic e Federer, a organização do torneio colocou mais um jogo na Quadra Central e o público pôde assistir à vitória da dinamarquesa Caroline Wozniacki sobre a húngara Timea Babos por 6/4, 4/6 e 6/1 no encerramento da programação.

"É estranho que Roger e eu tivemos mais ou menos o mesmo resultado", comenta. "Fizemos uma pequena piada sobre isso no vestiário, dizendo deveríamos jogar um set de treino na Quadra Central para o público ficar. Mas eles puderam ver outro jogo".

Djokovic falou pouco sobre a partida e reiterou que a disputa para voltar à liderança do ranking é algo de menor importância em relação à luta pelo título em Wimbledon. "Nunca é bom ganhar assim, mas tentei me concentrar no meu plano de jogo. Penso que eu saquei bem, mas não fui tão bem nas devoluções".

"Um dos meus maiores objetivos na carreira foi ser o número 1 do mundo e quando eu estive nessa posição foi incrível, mas isso não é o essencial. Não é a coisa mais importante para me motivar todos os dias".

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