Londres (Inglaterra) - Maior nome do tênis britânico, o escocês Andy Murray foi o mais importante tenista a reclamar publicamente das condições do piso em Wimnbledon neste ano. Logo após sua terceira partida na Quadra Central, diante de Fabio Fognini, o líder do ranking constatou que a grama está muito mais desgastada do que em outros anos.
"Existem certos pontos na quadra muito estranhos, tanto antes como depois da linha base, como se tivéssemos divisões com mais ou menos grama", tentou explicar o maior ídolo do tênis britânico, que busca o tricampeonato. "Não me lembro de ter visto isso anteriormente".
Murray fez seus jogos apenas na Central e sentiu a diferença. "O piso estava perfeito na primeira partida. Mas parece que está ficando detonado muito rapidamente. Alguns jogadores disseram o mesmo das quadras externas. Não sei se tem a ver com as condições do clima em Londres nas últimas semanas".
Fognini foi bem mais contundente: "Acredito que as quadras este ano estejam muito, muito ruins. Mas acho que não é culpa dos organizadores. Eles fazem o possível. Estamos tendo muitos dias com sol forte, o que não é bom para a grama".
No dia anterior, o suíço Roger Federer mostrou preocupação com as reclamações que ele tem ouvido nos vestiários. "Parece que o piso está desprendendo, parece grama morta. Muda até de cor e fica muito lisa por causa disso. Não é bom sinal e é preciso ouvir o que os tenistas estão falando".
Classificado para as oitavas de final, o francês Benoit Paire diz que o piso está bem escorregadio. "Algumas vezes fica bem liso, mas tento me focar nisso. Temos de lutar. Acabei optando por dar mais dropshots para tentar algo diferente". O local Aljaz Bedene sofreu duas quedas: "Alguns dizem que a linha de base está escorregadia, mais seca do que nos outros anos. Cheguei a sentir meu quadril".