Salvador (Bahia) - Natural da Argentina, mas vivendo no Brasil há 20 anos, Patrício Arnold é o diretor do tênis juvenil da Confedeção Brasileira de Tênis há 12 anos e está em Salvador (BA) acompanhando os primeiros dias da 33ª edição do Bahia Juniors Cup, a maior competição juvenil do Norte/Nordeste.
Arnold seguirá na terça-feira para o Chile onde acompanhará as equipes nacionais nos Jogos Sul-americanos da Juventude. Em Salvador, ele acompanha seu filho que participará da categoria 14 anos da competição que acontece nas quadras rápidas do Clube Bahiano.
Arnold se mostrou impressionado com a estrutura e organização do evento e destacou o potencial de melhoria do evento que até 2014 tinha o status mais baixo de eventos mundiais, um torneio Grau 5, mudando em 2015 para um Grau 3 e se consolidando como o terceiro maior do Brasil e mais valioso do segundo semestre.
"O Clube tem uma história importantíssima no calendário, vemos um empenho muito grande para sair um grande torneio. Daqui eu só ouvi elogios. Estou há dois dias aqui e vejo que o nível das quadras é de ATP Tour, os diretores sempre presentes. Fiz questão de vir para ver, organização e acolhimento excepcional", apontou Arnold. "Este torneio pode subir cada vez mais de graduação. Para virar um Grau 2 ou Grau 1, com maior pontuação, não há encargo financeiro, é a mesma coisa basicamente. É sim um esforço político junto à Federação Internacional e também por uma tabela média de ranking dos jogadores que participam do torneio, tem uma fórmula para avaliar. Existem também os relatórios do supervisor, do árbitro para a ITF, e aqui a comunidade, o clube, a Federação, envolidas. Quando se tem essa união e trabalho, a tendência é que o torneio evolua."
Patrício também teceu elogios técnicos e de comprometimento ao jovem baiano Natan Rodrigues, de 15 anos, que estreia na terça-feira na chave principal dos 18 anos, onde jogará pela primeira vez um torneio internacional no Brasil. Ele foi chamado às pressas para representar o Brasil no Mundial de 16 anos, a Copa Davis juvenil, em Budapeste, na Hungria, após um problema com o passaporte de Matheus Pucinelli. "Quero fazer o registro do comprometimento do Natan, dos pais e do técnico Evaldo, que estava em Barcelona, teria uma semana a mais de treinamento e nos atendeu, largando tudo para representar o Brasil no Mundial. Vai chegar em cima da hora em um torneio importante na casa dele, mas chegará com uma grande exeriência. Natan tem mostrado grande nível e nesse último ano teve um crescimento muito bom. Tomara que ele possa chegar nos 17 e 18 anos bem estruturado para encarar o circuito profissional", afirmou Arnold.