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Norman relembra Guga e prevê o futuro do tênis
23/11/2017 às 09h28

Norman encerrou parceria com Wawrinka após 4 anos

Foto: Arquivo

Madri (Espanha) - O sueco Magnus Norman esteve na capital espanhola para participar da Semana do Tênis Profissional, onde concedeu entrevista para o site Industria del Tenis relembrando a final de Roland Garros de 2000 com o catarinense Gustavo Kuerten e o período de trabalho com o suíço Stan Wawrinka. Ele também falou um pouco sobre como vê o futuro do tênis.

"Acho que as quadras voltarão a ser mais rápidas e talvez as bolas também. Este ano já fizeram isso no Australian Open. Isso causará uma mudança na parte física e técnica, pois como os pontos deverão ser mais curtos, os golpes terão que ser mais precisos", observou o sueco, que depois de quatro anos encerrou a parceria com Wawrinka.

"Tenho duas gêmeas de 6 anos e estar fora de casa cerca de 30 semanas por ano era muito duro. Minha família é minha prioridade e não quero perder a chance de ver minhas filhas crescerem", explicou Norman, destacando que o término foi de comum acordo entre os dois.

O ex-número 2 do mundo foi só elogios ao suíço. "Stan é uma pessoa com quem gostei de trabalhar e nossa convivência fora do tênis era muito boa, podíamos jantar ou tomar algo e não falar de tênis. Dentro de quadra, ele é muito disciplinado e trabalhador e por isso foi muito fácil trabalhar com ele", afirmou.

Ao ser questionado sobre possíveis arrependimentos de uma carreira que não durou nem 10 anos, com a aposentadoria vindo em 2004, com apenas 28 anos, ele garantiu que encara bem a situação. "Não tenho nada a reclamar. Talvez daquele ponto na final de Roland Garros em 2000 contra Gustavo Kuerten", brincou o sueco, relembrando o vice-campeonato no saibro parisiense.

Norman falou também sobre a excelente temporada que fizeram o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal em 2017. "Roger mostrou que pode ser muito competitivo mesmo com 35 anos se mantiver o seu compromisso com o tênis e Rafa parece ser de outro planeta, pois quando todos o dão como acabado ele vai lá e volta melhor ainda", avaliou o dono de 12 títulos no circuito, que tentou explicar o porquê de tantos jogadores mais velhos dominando o ranking nos últimos anos.

"Eles já têm objetivos concretos, planos e equipe de trabalho, além de um entorno bem estruturado que lhes permite alcançar o que tanto almejam. Os jogadores do topo possuem ferramentas e um padrão de jogo definido, são muito fortes e se cuidam fisicamente ao máximo. E ainda tem o mental, que marca a diferença entre os demais", finalizou Norman.

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