Melbourne (Austrália) - Após a tranquila vitória sobre o espanhol Albert Ramos neste sábdo, Novak Djokovic comentou sobre o atendimento que recebeu no quadril durante o segundo set. De acordo com o sérvio, o incômodo na região é normal e não compromete sua sequência no Australian Open e ele deve estar em plenas condições de disputar as oitavas de final na próxima segunda-feira.
"Está tudo bem, nada muito sério. Quis usar o tempo médico porque eu precisava, mas ao mesmo tempo eu sabia que não era nada que potencialmente levantasse um ponto de interrogação sobre se eu poderia continuar jogando ou não", disse Djokovic após a vitória por 6/2, 6/3 e 6/3 pela terceira rodada do Grand Slam australiano.
"Fiquei seis meses sem jogar e temos que levar isso em consideração. Fiz uma longa partida contra o Gael alguns dias atrás", lembrou o sérvio, que vinha de um jogo muito desgastante da rodada anterior. "Isso não aconteceu muito na minha carreira e talvez eu ainda tenha algumas tensões nos músculos ou seja o que for".
De acordo com Djokovic, é possível que a dor tenha surgido também por conta do longo período de inatividade, já que ele ficou seis meses sem jogar para tratar de lesão no cotovelo. "Esse tipo de circunstância em que estou no momento é bastante particular. Nunca passei por uma situação em que me deixasse seis meses sem jogar. É por isso que eu sou forçado a ser muito cauteloso com o que acontece no dia-a-dia e me dedicar ao meu corpo e ao treinamento".
"Como eu disse, não é nada para se preocupar. São coisas que acontecem todos os dias e acho que é normal. Muitos atletas enfrentam certos níveis e estágios de dor em todo o corpo durante grandes competições, e eles lidam com isso. Está bem. Eu terminei a partida e estou muito satisfeito por isso", finalizou o hexacampeão em Melbourne, que enfrentará o sul-coreano Hyeon Chung nas oitavas.
Durante o Australian Open de 2018, Djokovic comemora os dez anos da conquista do primeiro de seus 12 títulos de Grand Slam. "Estou muito satisfeito com tudo o que aconteceu na última década. Também sou muito grato, obviamente", disse o sérvio de 30 anos. "Foi um sonho que se tornou realidade e foi provavelmente o maior trampolim que eu tive na minha carreira naquela época".
"Aquele foi o momento que eu comecei a acreditar que eu realmente poderia ganhar os Slam e vencer os melhores jogadores do mundo", acrescenta o ex-número 1 do mundo. "Quando você ganha um Grand Slam, é como se você desbloqueasse todo o potencial que você tem e as portas se abrem para você. Acho que a maioria dos jogadores concordaria que ganhar o primeiro Slam é sempre o mais difícil".