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Conselho médico pôs Chung no caminho do tênis
25/01/2018 às 02h36

Chung é o melhor sul-coreano da história nos Grand Slam

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - Hyeon Chung vem fazendo história neste Australian Open, onde se tornou o primeiro sul-coreano a disputar uma semifinal de Grand Slam. O garoto de 21 anos entrou no caminho do tênis de uma forma bastante curiosa, seguindo um conselho do médico da família. Ele sofre com astigmatismo e quando criança foi aconselhado a "focar em alguma coisa verde".

Embora o tênis não seja um esporte muito difundido na Coreia do Sul, o pai de Chung jogava tênis, assim como seu irmão mais velho. A resposta encontrada então pelo atual 58 do mundo foi se dedicar a mesma modalidade que seus familiares já praticavam, deixando de lado o taekwondo, esporte número 1 em seu país e no qual era também um lutador promissor.

A escolha de Chung acabou se mostrando certeira e o sucesso no tênis veio e já desde cedo e antes de completar 19 anos ele já estava no top 60. A ascensão na ATP só não foi mais rápida e sólida por causa de uma lesão abdominal em 2016, que o deixou afastado das quadras por quatro meses e o deixou de fora de Wimbledon e do US Open naquele ano.

Por causa dos problemas físicos, ele saiu do top 100 e teve que voltar ao circuito jogando challangers. Foram dois títulos e um vice-campeonato em 2016, mas a volta aos 100 primeiros só aconteceu no ano seguinte, em que voltou aos ATP e teve como melhores resultados as quartas de final no ATP 500 de Barcelona, vindo do quali, e a semi no ATP 250 de Munique.

Seu pai não apenas o ajudou a começar no tênis, mas seguiu como seu treinador até o fim de 2017, quando Chung passou a trabalhar com Neville Godwin, que durante muitos anos foi o técnico do sul-africano Kevin Anderson. "Ele ainda é um pouco cru, mas que sabe se mover e bate muito bem na bola", analisou o novo treinador em entrevista ao The Guardian.

"Ele ainda precisa amadurecer e desenvolver melhor o seu jogo. Fiquei muito animado quando vieram me perguntar se tinha interesse em treiná-lo. "Ele é exatamente o que mostra: um cara calmo, com um fantástico senso de humor", acrescentou Godwin, que acredita que Chung só terá uma melhor noção do que está fazendo quando voltar para a Coreia do Sul.

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