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Wozniacki sente que encerrou pesadelo de 7 anos
25/01/2018 às 06h48

A dinamarquesa se lembra até hoje da derrota sofrida para Na Li na semi de 2011

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - A vitória por 6/3 e 7/6 (7-2) sobre a belga Elise Mertens e a vaga na final do Australian Open veio acompanhada de um sentimento de alívio para Caroline Wozniacki. A dinamarquesa sente que colocou o ponto final em um pesadelo iniciado há sete anos, quando perdeu um match point em sua primeira semifinal de Australian Open contra a chinesa Na Li e permitiu a virada.

"Isso aconteceu há sete anos e ainda estava na minha cabeça", disse Wozniacki, sorrindo. "Acho que aquela foi a derrota que mais me decepcionou durante toda a minha carreira porque eu chegaria a uma final de Grand Slam e estava jogando melhor no dia. Sentia que era a minha vez de chegar lá".

"Acho que é por isso que aquela derrota machucou tanto, especialmente por ter ficado a um ponto da vitória. Se você perguntar a um jogador, eles sempre têm uma ou duas partidas que eles acham que doeu um pouco a mais", explica a jogadora de 27 anos, que era a número 1 do mundo naquela época.

Até por conta dos fanatasmas de 2011, Wozniacki reconhece que ficou nervosa na hora quando esteve muito perto de vencer nesta quinta-feira. Ela chegou a liderar o segundo set por 5/3 e sacou para o jogo no game seguinte, quando foi quebrada pela única vez na partida depois de cometer uma dupla-falta. "Acho que fiquei nervosa. Não joguei mal nos primeiros três pontos daquele game, coloquei dois bons saques e joguei um forehand na paralela que saiu por alguns milímetros. Ficou 30-15 em vez de 40-0. De repente, o game virou. Mas eu consegui me recuperar e, felizmente, fechar o jogo".

A adversária de Wozniacki na decisão será a romena Simona Halep, em jogo que também vale a liderança do ranking. A dinamarquesa lidera o retrospecto contra a romena por 4 a 2, além de ter levado a melhor nos três últimos encontros, dois deles no ano passado. "Halep, assim como eu, salvou match points no início do torneio e conseguiu chegar até aqui. Será um jogo emocionante porque nós duas também estamos lutando pelo número número 1. Quem vencer no sábado estará no topo do ranking, então é um enredo legal", comenta a dinamarquesa, que pode voltar ao número 1 depois de seis anos.

"Mas quero me divertir e aproveitar o momento. Foram duas grandes semanas. Como eu disse no início da semana, eu já poderia estar em casa, mas lutei até o final aqui estou agora. Fico realmente orgulhosa disso e muito animada. Terei uma nova oportunidade no sábado e vou fazer o meu melhor para tentar vencê-la", explicou a dinamarquesa, que disputará sua 52ª final no circuito da WTA.

Wozniacki já disputou duas finais de Grand Slam na carreira, ambas no US Open. A primeira foi em 2009, quando ela tinha apenas 19 anos e perdeu por 7/5 e 6/3 para a belga Kim Clijsters. Cinco anos depois, novamente em Nova York, a dinamarquesa teve poucas chances na derrota por duplo 6/3 para Serena Williams.

"Acho que a primeiro foi uma partida equilibrada contra a Kim. O primeiro set poderia ter ido para qualquer lado, sinto que tive as oportunidades, mas talvez eu fosse um pouco jovem e aquele jogo era muito grande. Ao mesmo tempo, acho que fiz uma boa partida, mas ela jogou melhor que eu no dia", recordou a ocasião.

"Já a Serena é a Serena. Quando ela está ligada, é muito difícil ganhar dela. Antes daquele US Open eu tinha feito dois jogos seguidos contra ela [em Montréal e Cinncinnati] e perdi por 7/5 no terceiro e 7/6 no terceiro. Ela também ganhou de mim no WTA Finals e terminou aquele ano com quatro ou cinco vitórias seguidas contra mim".

"Você vive, aprende e tenta novamente. Se alguém te derruba, você volta. Espero poder mudar isso no sábado", afirmou. "Independente do que acontecer no sábado, tudo o que sei é que eu dei o meu melhor. Ganhando ou perdendo, ficarei muito orgulhosa dos meus esforços nessas duas semanas".

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