Londres (Inglaterra) - O anúncio da última segunda-feira, em que a ITF revelou um plano para transformar radicalmente a Copa Davis, levando a competição ao patamar de um torneio com uma semana de duração e jogos em melhor de três sets disputados por 18 nações na elite, dividiu o mundo do tênis. Um dos maiores críticos foi o francês Yannick Noah, que disparou contra as mudanças.
"É o fim da Copa Davis, que tristeza. Venderam a alma de uma competição histórica. Perdão, senhor Davis", escreveu Noah em suas redes sociais. "Para mim é um atestado de morte para esta competição, não poderemos ais chamar isso de Copa Davis. Qualquer um que tenha disputado esse torneio sabe que ele é diferente. Acho que esta ideia é muito ruim", acrescentou.
Campeão como jogador e capitão, o francês acredita que o ambiente da competição irá mudar radicalmente. Outro que também falou sobre o clima que irá se perder foi o espanhol Alex Corretja. Só que para ele, a mudança não tem apenas pontos negativos, enxergando também lados positivos na nova Davis.
"Pode ser uma competição espetacular, mas pode ser que perca algo. Não sei se o nome deve ser mantido ou mudado, pois não teremos mais jogos de cinco sets e definições dramáticas na quinta partida. Tudo isso será perdido. Talvez quem vá perder mais sejam os fãs de tênis", observou o espanhol.
Do ouro lado está o alemão Boris Becker, que defendeu a sugestão da ITF. "O formado precisava de uma renovação e umas mudanças. Estou feliz que as autoridades competentes tenham entrado em acordo para isso. Queremos ver Federer e Nadal e temos que fazer um calendário que possibilite que eles joguem por seus países", opinou o ex-número 1 do mundo.