Paris (França) - Aos poucos, Novak Djokovic vai retomando a confiança e a rotina de vitórias. Depois de vencer o brasileiro Rogério Dutra Silva em sua estreia em Roland Garros, o sérvio acredita que vem evoluindo nas últimas semanas, durante os torneios que disputou no saibro europeu.
"Estou começando a jogar melhor nas últimas semanas", disse Djokovic após a vitória por 6/3, 6/4 e 6/4. "Tive alguns bons momentos no jogo de hoje e alguns não tão bons assim. Mas joguei contra um especialista no saibro, que joga com muita energia, além de ser um grande lutador. Então não foi fácil, mas joguei o suficiente para vencer, o que é bom para uma estreia. Foi um bom teste".
"Roland Garros é o torneio mais importante neste piso e as semanas anteriores te dão uma visão de como você vai chegar à competição. Sinto que joguei em bom nível em Roma, enquanto em Barcelona ou Madri eu não estava tão bem", comentou o sérvio, que foi semifinalista em Roma e vinha de uma eliminação na estreia em Barcelona e na segunda rodada em Madri.
O sérvio voltou a comentar sobre a retomada da parceria com o técnico Marian Vajda durante a temporada de saibro. "É ótimo tê-lo de volta, ele é um grande amigo. Para mim, ele é como uma pessoa da família e posso confiar nele tanto em quadra quanto fora dela. Nós passamos por belos momentos, mas também tivemos situações difíceis".
Atualmente no 22º lugar do ranking, Djokovic falou sobre o longo caminho que terá que percorrer para voltar a disputar as primeiras posições. O sérvio ficou fora das competições durante todo o segundo semestre do ano passado por conta de lesão no cotovelo direito e fez uma pequena intervenção médica no começo deste ano. "Sinto que nas últimas duas semanas, eu não pensei tanto sobre isso e pude jogar sem dor, o que é a coisa mais importante no momento".
"Eu fui capaz de encontrar soluções temporárias, até que finalmente tive que optar pela cirurgia. Foi muito frustrante para mim, mas não me arrependo de nada, porque acho que tudo na vida acontece por uma razão. Eu sinto que este esporte me deve nada e sinto muito amor pelo tênis", avaliou Djokovic, que chegou às quartas no ano passado e foi campeão de Roland Garros em 2016.
"É um desafio, mas não sou o primeiro jogador na história deste esporte a enfrentar este tipo de circunstâncias com as lesões. (Juan Martin) Del Potro vem à mente. Ele é alguém que enfrentou circunstâncias ainda piores, com dois, três anos com cirurgias no punho, mas voltou jogando muito bem. E agora ele está de volta ao top 10, o que é impressionante. Esse tipo de história me inspira e espero que eu possa fazer o mesmo", complementou o ex-número 1 que agora enfrenta o espanhol Jaume Munar, 155º do ranking.