Paris (França) - Trabalhando de novo com o sérvio Novak Djokovic, em uma reunião que foi retomada antes do início da temporada de saibro, o técnico Marjan Vajda falou sobre o pupilo em entrevista ao Sport Klub e reclamou da falta de reconhecimento que ele tem em um âmbito mundial, alegando que não o colocam no mesmo patamar do suíço Roger Federer ou do espanhol Rafael Nadal.
"Acredito que não falem tanto de Novak e não o colocam no patamar de Federer ou Nadal porque vem de um país pequeno. Não quero ir mais adiante nisso, mas ninguém o reconhece como deveria. Falavam muito de Roger e Rafa quando não estavam bem, ao passo que todo mundo esqueceu de Novak depois de uma temporada ruim", disparou o técnico do sérvio.
Os números estão, em certo ponto, ao lado de Vajda, uma vez que Djokovic divide com Nadal e Federer o topo das listas que elencam os maiores feitos no circuito. "As críticas da imprensa, tirando a sérvia, são terríveis. Deveriam reconhecê-lo mais como o grande campeão que é", acrescentou o eslovaco, que lembrou do início de trabalho com o ex-número 1 do mundo.
"Conheci Novak quando ele era um novato, tinha apenas 18 ou 19 anos. A comunicação semrpe foi muito fácil e desde aquele tempo ele já tinha em mente ser número 1 do mundo. Lembro até do dia que veio até mim e disse: 'Quero ser o melhor do mundo, acho que posso conseguir'. Era um jovem sério, aberto, comunicativo e com grande espírito de luta", falou.
Vajda também afirmou que a conquista do Australian Open em 2008 foi de certa forma surpreendente para eles, vindo antes do previsto. "Não esperava ganhar seu primeiro Grand Slam tão rápido. Tecnicamente ele ainda não estava pronto, seu serviço e seu rendimento ainda estavam abaixo do que poderia alcançar", comentou o treinador.