Paris (França) - Em uma semana especial, em que comemorou seu aniversário de 32 anos e chegou à vitória de número 900 da carreira, Rafael Nadal enumerou os jogos mais especiais de sua trajetória no circuito. O número 1 do mundo preferiu responder em ordem cronológica e deu preferência para os primeiros anos como profissional.
"É difícil dizer, mas posso citar algumas. Obviamente, a Copa Davis de 2004 foi muito importante para mim", disse Nadal ao se lembrar do duelo contra o norte-americano Andy Roddy em Sevilla. "Então, em Roma contra o [Guillermo] Coria, foi um momento especial", acrescentou sobre o duelo de cinco sets na capital italiana em 2005.
Duas vitórias em finais de Grand Slam contra Roger Federer além de outras duas conquistas em 2010, respectivamente contra Robin Soderling e Novak Djokovic, completam a lista do espanhol. "E então talvez Wimbledon 2008, Australia 2009, Roland Garros 2010 e US Open 2010".
Nadal aprovou seu desempenho na vitória por 6/3, 6/2 e 7/6 (7-4) sobre o jovem alemão de 22 anos e 70º do ranking Maximilian Marterer. "O jogo em termos gerais foi positivo", comenta. "O placar 6/3 e 6/2 foi muito positivo nos doze primeiros games. Então, no terceiro set, tive a chance no começo de conseguir uma quebra e provavelmente levar uma vantagem importante para fechar o jogo, mas não a aproveitei".
"Cometi alguns erros com o saque e sofri em um set difícil. Parei um pouco de mexer as pernas, no sentido de jogar agressivamente, e isso tornou o jogo mais igual. Ele é um bom jogador", avaliou o veterano espanhol.
O decacampeão já havia treinado com Marterer anteriormente em Roland Garros, antes da semifinal de 2013 contra Novak Djokovic, mas não se lembrava da experiência. "Eu gosto de acompanhar os jovens jogadores. Mas não me lembro de todos treinos que tive e de todos os jogadores com quem já treinei na prática. Mas é bom vê-lo jogando tão bem".
Nadal agora se prepara para enfrentar o argentino Diego Schwartzman, número 12 do mundo, nas quartas de final em Paris. Ainda que Nadal tenha vencido os cinco duelos anteriores, Schwartzman costuma ter boas atuações diante do espanhol.
"Hoje foi um teste importante. Estou nas quartas de final e tenho um teste ainda maior na próxima rodada. Quando você entra em quadra, você pode ganhar, como pode perder. Essa é a única coisa que você precisa estar preparado", explicou o líder do ranking mundial.
Nadal também foi perguntado sobre o jejum de títulos franceses em Roland Garros. Não há mais jogadores de simples nas chaves masculina e feminina e os tabus datam de 1983 para os homens e 2000 para as mulheres. Na opinião do espanhol, mesmo com a falta de títulos, o trabalho de formação da Federação Francesa é satisfatório.
"É muito difícil criar grandes campeões, porque você precisa nascer com um pouco disso. O que realmente mostra que você está trabalhando bem - e a Federação Francesa está trabalhando muito bem - é que há muitos jogadores franceses em boas posições no ranking".