Paris (França) - A rodada de Roland Garros de quarta-feira foi bastante prejudicada pelas chuvas em Paris e os jogos masculinos do dia não terminaram, sendo transferidos para esta quinta-feira. O motivo disso é que o Grand Slam francês é o único que não tem nenhuma quadra com teto retrátil, que faria a cobertura do estádio nos momentos de chuva.
O diretor de obras do complexo, Gilles Jourdain, garante que, em dois anos, esse problema não vai mais existir. Além disso, a principal quadra do torneio deverá ganhar iluminação artificial. "A princípio, teremos luz somente na Philip Chatrier e depois, em 2021, a ideia é ter 10 sessões noturnas de jogos. No momento, o plano é termos luzes apenas para terminar as partidas que começaram no dia, não fazer uma rodada de noite", explicou.
O projeto de obras de Roland Garros começou há alguns anos e já trouxe novidades para 2018. A quadra 18, em que alguns dos principais cabeças de chave jogaram nas primeiras rodadas, foi construída para essa temporada, enquanto as quadras 7 e 9 ganharam espaço para o público. O valor total do projeto é de 350 milhões de euros, quase 1,5 bilhão de reais.
A quadra 1, hoje a terceira em importância do complexo, será demolida e, já em 2019, teremos a quadra Simone Mathieu (francesa campeã do torneio em 1938 e 1939), para 5.500 pessoas. O local será totalmente diferente do visto em Roland Garros, já que será rodeado por um Jardim Botânico. O design do estádio será parecido com uma estufa, como explica Jourdain.
"Esse formato de quadra é importante porque é um dos principais passos para a modernização de Roland Garros. É importante quando se compara com o resto do complexo, para as pessoas terem mais espaço. É mais fácil andar, terá espaço para o público olhar o jardim, tem verde em volta. A quadra com certeza estará pronta para o ano que vem", disse.
A Suzanne Lenglen não vai sofrer nenhuma alteração neste projeto, se mantendo sem cobertura e com a mesma capacidade.