Eastbourne (Inglaterra) - Na véspera do sorteio que definirá as chaves principais de simples em Wimbledon, Andy Murray ainda não tem certeza de que poderá disputar o terceiro Grand Slam do ano. A séria lesão no quadril já não o preocupa mais, mas o britânico quer ter certeza de que poderá atuar em alto nível antes de confirmar sua participação.
"Eu não quero ir apenas para jogar. Quero ser capaz de competir adequadamente. E se eu sentir que não posso fazer isso, então eu não vou jogar", disse Murray, após a derrota por duplo 6/4 no duelo britânico contra Kyle Edmund pelo ATP 250 de Eastbourne, na última quarta-feira.
"Se eu me sentir preparado fisicamente e mentalmente, seguirei em frente e disputarei o torneio", acrescentou o ex-número 1 do mundo, que é bicampeão de Wimbledon e chegou às quartas de final na edição passada do torneio no All England Club.
"Tive melhorias decentes nas últimas semanas e, obviamente, tenho sido um pouco competitivo nas partidas que joguei", explica o britânico, que disputou três partidas durante as últimas duas semanas, com uma vitória e duas derrotas, nos torneios na grama de Queen's e Eastbourne.
"Jogar tênis não representa mais nenhum risco de machucar meu quadril. Obviamente, eu poderia escorregar, cair e me machucar, mas isso não tem nada a ver com a minha decisão de jogar ou não o torneio", comenta o jogador de 31 anos, que passou onze meses afastado do circuito e passou por cirurgia em janeiro.
"Tenho um dia de folga e conversarei um pouco mais com meu time sobre isso. Obviamente, tenho que ver como vou reagir, mas não antecipo os problemas desse jogo", comentou o atual 156º do ranking. "Preciso apenas ser justo comigo mesmo. Há duas semanas, treinei com o Kyle e não ganhei um game. Aquele foi o primeiro set que joguei em seis meses".