Londres (Inglaterra) - Confronto que mais se repetiu na Era Aberta, o embate entre o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic irá nesta sexta-feira para sua 52ª edição e valerá um lugar na final de Wimbledon. Com 26 vitórias e 25 derrotas, o tenista de Belgrado leva a melhor no retrospecto, mas para Francis Roig, técnico do atual número 1 do mundo, é este que entra com o favoritismo.
“Eu o vejo como favorito por ter vencido mais ultimamente. Para esses grandes tenistas como Federer ou Djokovic, o feito de levantar um Grand Slam lhes dá muitíssima confiança. Às vezes a gente não entende bem, mas ganhar Paris para Rafa faz sua confiança crescer muito e ele fica num estado que dura algum tempo”, explicou Roig em entrevista para a EFE.
“Ao vencer um Slam ele ganha também uma margem de manobra. Não é o mesmo para Nadal chegar aqui depois de ter vencido Roland Garros ou não”, acrescentou o treinador do canhoto de Mallorca, reforçando a importância do momento mais vitorioso de seu pupilo no circuito.
O técnico também falou um pouco de seu relacionamento com o tenista espanhol. “Conheço muito bem o Rafa e temos uma relação estupenda. Uma de suas virtudes é que dialoga bastante, ele sabe que se tem algo que não estou de acordo eu vou dizer. Gosto que ele seja agressivo em quadra e que vá um pouco mais à frente”, observou Royg.
Sobre Djokovic, ele acredita que o sérvio está reencontrando seu melhor nível, mas acha que talvez ele não chegue de volta àquele patamar em que dominava todo o circuito. “Diria que este Djokovic de agora é mais parecido com o que era antes da explosão total, que às vezes se encontra em um estado impressionante e outras, como agora, nem tanto”, finalizou.