Praga (República Tcheca) - Na próxima quinta-feira será definido, em assembleia geral da ITF, o destino da Copa Davis. A entidade que comanda o tênis mundial quer implementar mudanças drásticas no modelo, impulsionadas por um investimento de US$ 20 milhões do Grupo Kosmos, mas várias federações nacionais estão se opondo às propostas de alteração.
Uma delas é a federação tcheca, que acusa a ITF de pressionar as entidades nacionais a aprovar as sugestões. "É uma guerra que está acontecendo, algumas federações estão recebendo ameaças de que enfrentarão duras consequências se não votarem nas mudanças", afirma o responsável pelo tênis tcheco Ivo Kaderka para a imprensa local.
"Mas eu não aceito pressão alguma. E se alguém tentasse não teria sucesso comigo, pois todo mundo sabe da minha atitude", diz Kaderka, que acredita poder impedir as mudanças sugeridas. "Estou com fé e esperança que a chance de conseguirmos manter a Davis como está é de 50% ou mais. Acho que devemos parar este absurdo", acrescenta.
O presidente da federação tcheca rebateu os argumentos da ITF de que a mais tradicional competição entre nações do tênis mundial está decadente. “As arenas lotadas são a resposta para o quanto as pessoas gostam ou não da Copa Davis. Mas os investidores não se importam muito com isso", observa Kaderka.
“Não podemos imaginar que não vamos ver mais a Copa Davis em casa aqui na República Tcheca. Afinal de contas, nosso tênis é famoso entre outras coisas graças a sucessos em competições por equipe. Além disso, ninguém nos deu garantia financeira alguma", finaliza o mandatário do tênis tcheco.