São Paulo (SP) - A quinta-feira será crucial para o futuro da Copa Davis. Mais tradicional torneio entre nações do tênis mundial, a competição poderá passar por uma drástica reforma em seu formato atual já para a próxima temporada. Com a entrada do Grupo Kosmos e um investimento de US$ 20 milhões, a ITF votará em assembleia em Orlando um pacote que promete revolucionar a disputa.
Presidente da CBT, Rafael Westrupp estará no encontro em Orlando, nos Estados Unidos, que irá definir o futuro da Davis e votará a favor das mudanças. Segundo informa a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Tênis, a entidade apoiará o plano indicado pela ITF.
“A CBT é favorável à proposta da ITF, por entender que haverá uma condição muito mais favorável à maioria dos países. Sobretudo aos países que participam dos playoffs e os grupos abaixo. Para estes se manterá o formato de disputa, ou seja, podendo jogar dentro e fora de casa”, disse a entidade que comanda o tênis brasileiro através da assessoria.
Os tenistas brasileiros também se mostram favoráveis às mudanças. “É difícil falar se sou a favor ou contra. A Copa Davis precisava de alguma mudança, mas é muito difícil falar exatamente qual é a mudança. Acredito que vamos ter que testar esse novo formato e ao longo do tempo ver no que dá, sentindo o que público e jogadores vão achar”, pontuou o mineiro Bruno Soares.
“Acho que as mudanças são interessantes, a única coisa que está complicando é a data, logo após o ATP Finals, com uma semana de intervalo. Muitos jogadores estão contra isso pelo motivo de estender demais a temporada. Mas se no fim essa mudança conseguir trazer mais jogadores para a competição, será uma decisão válida”, opinou o também mineiro Marcelo Melo.
Bruno ainda reforçou seu carinho por competições tipo ‘Copa do Mundo', com todas as nações em um mesmo lugar. “Acho que pode criar uma atmosfera incrível igual um Grand Slam. Vejo um grande potencial para a Copa Davis e para a World Team Cup (evento da ATP)”, defendeu o duplista mineiro.
“A Davis é um evento que pode se tornar melhor. Se ficarmos focado apenas na tradição que ela tem nós nunca vamos fazer uma mudança. Está na hora de fazer algo diferente, agora se essa é a mudança correta nós só vamos ficar sabendo depois que acontecer”, complementou o atual número 8 do mundo nas duplas.
O paulista Thomaz Bellucci é mais um que engrossa o coro favorável à proposta da ITF. "Acho positiva essa mudança de formato, pois o atual com quatro semanas é muito puxado para os atletas e acaba perdendo muito jogador que acaba ficando de fora. Se eles conseguiram fazer durante uma semana no fim do ano será positivo. Acredito que teremos muito mais jogadores top em quadra", opinou.