Enfim, acabou a briga. Com a segunda vitória na fase classificatória do Finals de Londres, o espanhol Rafael Nadal assegurou definitivamente a liderança do ranking ao final da temporada 2013, o que permitirá que continue no posto provavelmente até abril do próximo ano. Com 73 vitórias em 79 jogos desde seu retorno ao circuito, em fevereiro, ele perdeu a modéstia e afirmou que merece o posto.
"O mais importante hoje era garantir o número 1 de final de temporada", afirmou Nadal sem pensar muito. "Eu vinha dizendo que isso não era minha meta, mas depois de tudo o que fiz no ano, ganhando cinco Masters, dois Grand Slam e fazendo outras finais importantes, então acho que eu merecia isso. Hoje consegui. Foi uma das coisas mais incríveis que fiz e isso é algo emocionante para mim. E ao mesmo tempo ainda me qualifiquei para a semifinal. Agora, posso me concentrar no torneio, porque a luta pela liderança acabou".
Rafa garante que o ranking nunca foi e nem será sua prioridade. "Devido ao sucesso que tive ao longo do ano, cheguei ao número 1, mas jamais pensei nisso durante todo esse tempo. E isso certamente acontecerá em 2014. Quero me concentrar e ganhar os torneios importantes. Essa é sempre minha maior meta, é o que realmente me motiva. Quero começar o ano bem ótima forma para o Australian Open".
O canhoto espanhol lembrou que, há um ano, sem chance de competir em Londres devido ao problema no joelho, estava em casa. "Naquele momento, eu só pensava em voltar à quadra, numa forma de solucionar a contusão. Trabalhava todo dia, fazendo as coisas mais diversas para me recuperar. Quando voltei enfim em Viña del Mar, não sabia o que iria acontecer. Agora, oito meses depois, aqui estou. Nunca tive tanto apoio nesse período, principalmente dos fãs, estou muito grato por isso".
Quanto à partida diante de Stanislas Wawrinka, o espanhol admitiu ter tido sorte no final do tiebreak do primeiro set. "Fiz um lob não sei como, consegui colocar a bola num lugar incrível. E ele depois deu azar no ponto seguinte. O segundo set teve história parecida. Mas nos dois sets eu tive uma quebra na frente e estava no controle. Acho que joguei com determinação nos momentos importantes, fui agressivo nessas horas".
Questionado sobre o desabafo de Novak Djokovic na véspera, quando o sérvio afirmou que os tenistas não têm a força necessária dentro das entidades que comandam o esporte, Nadal seguiu o mesmo raciocínio. "Tentei por algum tempo participar disso, mas não pude me dedicar integralmente e então me retirei. Vou terminar minha carreira ainda jovem e gostaria de continuar jogando, mas do jeito que a coisa vai não sei se isso irá acontecer. Seria bom que as carreiras fossem mais longas", afirmou, referindo-se ao desgaste do calendário e da sua posição sobre a quantidade de torneios sobre quadra dura. "Cansei de lutar, não tenho o poder de mudar as coisas, então quero jogar tênis e focar minha carreira".
Embora classificado para a semifinal com boa antecipação, Nadal não quer fazer prognósticos. "Não dá para falar em final ou título. Está muito longe. Esta continua não sendo minha quadra favorita. Mas quem sabe eu ainda tenha mais emoções. Nunca venci aqui, não sei como é sentir isso".
