Brisbane (Austrália) - Um dos técnicos da equipe do espanhol Rafael Nadal, que conta com três nomes desde a inclusão de Tomeu Salvá, o compatriota Carlos Moyá fez um balanço da temporada passada e projeções para 2019 em entrevista ao site da ATP. Ele afirmou que espera ver o pupilo livre de lesões, jogando mais, só que nada exagerado.
“Rafa foi espetacular nos nove torneios que disputou, vencendo cinco deles. Ao todo foram apenas quatro derrotas e em duas delas ele foi obrigado a desistir no meio. Mesmo com tão poucos torneios ele terminou como o número 2. Claro que queremos jogar mais, talvez algo entre 14 e 15 eventos em um ano seja o ideal para ele. Qualquer coisa acima disso não é uma decisão realista”, afirmou.
Moyá disse que a equipe buscou mudar o sistema de treinos. “Alteramos as frequências de trabalho, os métodos e a intensidade. Tudo isso para balancear da melhor maneira possível e fazer com que ele consiga bons resultados. Uma das decisões que tivemos, por exemplo, foi reduzir ao máximo as sessões duplas de treino em um dia”, explicou o técnico espanhol.
Outro ponto destacado pelo ex-número 1 para aumentar a para aumentar a longevidade de Nadal foi a mudança em seu estilo nos últimos anos. “Ele conseguiu se tornar mais agressivo em 2017 e manteve o ritmo em 2018. Quando ele tinha 20 anos, podia esperar um pouco mais para definir os pontos, mas agora ele tem que ir mais para cima”, comentou Moyá, que lamentou a série de lesões do pupilo no fim do ano.
“Fui duro ver Rafa ter que desistir de uma semifinal de Grand Slam em Nova York. Logo sabíamos que sua ida à Ásia provavelmente seria comprometida, mas a ideia era voltar a tempo para jogar o Masters 1000 de Paris e o ATP Finals. Porém, as coisas não aconteceram conforme o planejado e ele acabou sofrendo uma lesão abdominal”, finalizou o treinador do canhoto de Mallorca.