Melbourne (Austrália) - Eliminada na terceira rodada do Australian Open, Caroline Wozniacki lamentou a queda de rendimento que teve ainda no primeiro set do duelo contra Maria Sharapova nesta sexta-feira. A dinamarquesa chegou a liderar por 4/1, mas depois não conseguiu mais confirmar o serviço e permitiu que a russa vencesse cinco games seguidos e virasse o placar. Entretanto, a número 3 do mundo destaca que não faltou vontade de vencer.
"Eu estava lutando até o fim. Na minha cabeça, eu deveria ter vencido o primeiro set. Eu vendia por 4/1 e tive a chance de fechar, mas não o fiz, mas lutei e ganhei o segundo set. E então, o terceiro set foi bem próximo", disse Wozniacki após a derrota por 6/4, 4/6 e 6/3 para Sharapova. "Não foi o suficiente hoje. Fiz o meu melhor, tudo o que pude. Mas é assim que é o esporte".
"Acho que houve um período no entre o final do primeiro set e o começo do segundo em que eu meio que perdi meu ritmo um pouco", avalia a jogadora de 28 anos. "Sinto que, ou ela ganhava o ponto com um winner ou cometia algum erro, enquanto eu ficava esperando. Senti que perdi meu ritmo um pouco, mas consegui me recuperar no meio do segundo set, eu sinto que nós duas subimos de nível. Acho que nós duas jogamos bem no terceiro set".
Diagnosticada no ano passado com artrite reumatoide, doença autoimune que causa fadiga e inchaço das articulações, Wozniacki não atribui a derrota ao problema físico e reconhece que Sharapova foi superior. "Eu estou bem. Estava me sentindo bem em quadra e dei tudo o que tinha hoje. Definitivamente não quero culpar isso em mais nada. Ela foi apenas um pouco melhor que eu hoje".
Campeã no ano passado em Melbourne, Wozniacki falou sobre a sensação inédita em sua carreira ao entrar em um Grand Slam com a missão de defender o título. "Acho que é um pouco diferente, mas ao mesmo tempo eu ainda sou uma competidora. Eu amo ganhar e odeio perder. Na verdade, eu odeio perder mais até do que eu amo ganhar".
"Obviamente, quando você está sentada aqui é um pouco triste. Mas é isso que me impulsiona. Isso é o que me leva a tentar ser melhor e melhorar. Quero jogar contra as melhores jogadoras do mundo e tentar vencer os grandes torneios. É por isso que estou aqui. Isso é o que eu quero fazer", comenta a dinamarquesa, que corre o risco de sair do top 10. "Eu apenas tento e gosto de estar em quadra competindo e tentando jogar o meu melhor. Isso é o que eu gosto de fazer".