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'Foi a maior virada da minha vida', vibra Pliskova
23/01/2019 às 10h25

Pliskova perdia o último set por 5/1 e salvou quatro match points

Foto: Ben Solomon/Tennis Australia

Melbourne (Austrália) - Algoz de Serena Williams nas quartas de final do Australian Open, Karolina Pliskova comemorou muito a virada que conquistou nesta quarta-feira. A tcheca perdia o último set por 5/1 e salvou quatro match points para vencer os últimos seis games partida. Serena estava muito perto da vitória, mas torceu o tornozelo esquerdo durante a disputa do primeiro match point e permitiu a reação da número 8 do mundo, que aproveitou a chance para mudar a dinâmica do jogo e avançar na competição.

"Normalmente, eu consigo muitas viradas, mas costumam ser de um set abaixo ou com um set e mais uma quebra abaixo, nada muito além disso. Acho que esta é a maior virada na minha vida até agora", disse Pliskova, após a vitória por 6/4, 4/6 e 7/5 em 2h10 de partida.

Esta foi a segunda vitória de Pliskova em quatro jogos contra Serena. A tcheca, que já havia levado a melhor na semifinal do US Open de 2016, não esconde sua admiração pela vencedora de 23 títulos de Grand Slam, mas a via como uma adversária como qualquer outra e diz que isso foi fundamental para manter sua confiança na vitória.

"Sei que ela é a maior de todos os tempos, mas ainda é apenas uma jogadora. Eu não queria colocá-la em uma posição onde eu não teria chance de vencê-la. Já havia ganhado dela uma vez, ela era a número 1 do mundo, e eu sabia que teria minhas chances se eu jogasse bem. Honestamente, acho ela jogou muito melhor hoje do que quando ela estava jogando quando eu ganhei dela em Nova York.

Bastante reconhecida no circuito por fazer uma boa leitura de jogo durante suas entrevistas, Pliskova comentou sobre os altos e baixos da partida desta quarta-feira. Em primeiro lugar, a tcheca acredita que teve uma queda de rendimento no meio do segundo set e já não conseguia exercer a mesma pressão sobre Serena que acontecia no set inicial.

"De repente, eu saí do jogo de alguma forma. Eu já não estava jogando o mesmo jogo que vinha funcionando até eu ter um set e uma quebra de vantagem. Eu vinha pressionando e estava mais agressiva, mas parei um pouco. Obviamente, ela aproveitou a chance. Foi o que aconteceu. Ela começou a encaixar mais os saques, arriscou mais nas devoluções e estava colocando pressão sobre mim. Eu era mais passiva".

Sobre a reta final da partida, a tcheca acredita que teve um pouco de sorte, mas também fica feliz por saber lidar mentalmente com a adversidade no placar. "Então, de repente, tive uma chance também. É assim no tênis. Você precisa de sorte, porque acho que isso não acontece com frequência, talvez uma vez na vida", lembra a jogadora de 26 anos. "Quando chegamos aos 5/2 eu pensei: 'Ok, vou tentar confirmar o saque e ver o que acontece'. Muitas coisas aconteceram nos últimos games, não sei o que passou pela cabeça dela, eu apenas vi uma chance e aproveitei".

Pliskova terá pouco tempo de descanso antes da semifinal. A tcheca entra em quadra já na madrugada desta quinta-feira, a partir das 2h30 (de Brasília) para enfrentar a japonesa Naomi Osaka, contra quem tem duas vitórias e uma derrota. As duas jogadoras, assim como Petra Kvitova são candidatas à liderança do ranking após o torneio.

"Eu enfrentei algumas jogadoras agressivas nos meus últimos jogos aqui, obviamente Giorgi e agora Serena. Acho que estou bem preparada para Naomi. Obviamente ela vai tentar fazer seu jogo no lado do forehand", avalia a tcheca. "Tentarei fazer alguma coisa para uma bola a mais, mas também preciso ser agressiva e arriscar. Acho que se eu jogar bem, bem, vai haver uma chance".

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