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Pouille: 'Nesse nível, Novak é o melhor do mundo'
25/01/2019 às 14h52

Pouille disputou na Austrália sua primeira semifinal de Grand Slam

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - Superado por Novak Djokovic na semifinal do Australian Open, Lucas Pouille saiu de quadra ciente de que pouco poderia fazer diante do altíssimo nível apresentado pelo sérvio nesta sexta-feira. Algoz de nomes como Milos Raonic e Borna Coric no torneio, Pouille alcançava sua primeira semifinal de Grand Slam na carreira, mas ofereceu pouca resistência ao sérvio.

"Ele foi simplesmente incrível, estava muito bem hoje. Acho que quando Novak está jogando assim, ele é o melhor do mundo, com certeza", disse Pouille após a derrota por 6/0, 6/2 e 6/2 para Djokovic. "Vamos ver no domingo como ele vai, porque o Rafa [Nadal] também parece incrível. Eles devem fazer um grande jogo novamente".

O francês comentou sobre o plano de jogo que havia trazido para a partida. "A estratégia era ser agressivo e tentar comandar os pontos, mas quando ele está jogando tão perto da linha de base, a 10 centímetros da linha de base o tempo todo, é difícil fazer isso".

"Eu estava tentando encontrar uma solução, mas não consegui encontrar nenhuma. Acho que o primeiro erro dele veio depois de um set. Se eu quisesse me aproximar ou chegar ao final de um set com 4/4, eu teria que colocar 90% ou 100% de primeiro saque", comenta o ex-top 10 e atual 31º do mundo, que permitiu sete quebras ao sérvio.

Pouille já derrotou Rafael Nadal no US Open de 2016 e acumula cinco vitórias contra adversários do top 10. Até por isso, o francês fala sobre o quanto é desafiador enfrentar os primeiros do ranking. "Vencê-los em dois sets não é impossível, mas é muito difícil. Derrotar-los melhor de cinco em um Grand Slam é ainda mais difícil".

"Quando eu venci o Rafa em 2016, fiz uma partida inacreditável", lembra o francês, que também comentou sobre as diferenças nos estilos de jogo entre os números 1 e 2 do mundo. "Mas ele também tem um jogo que se encaixa muito bem com o meu. Gosto de jogar contra ele. Seu forehand vem alto no meu backhand e eu gosto disso. Toda vez que nos jogamos ou treinamos um contra o outro, é sempre um ótimo tênis".

"A bola do Novak vem muito rápida e muito baixa. Ele está perto da linha de base e sempre ele tem boa colocação em qualquer situação. Mesmo na defesa, ele vai colocar a bola muito profunda. Você sempre tem que bater uma bola difícil e pode até conseguir fazer uma, duas ou três vezes, mas imagine fazer isso por três ou quatro horas..."

Herói do título francês da Copa Davis em 2017, o jovem jogador de 24 anos reiterou sua já conhecida posição contra as mudanças no formato de disputa da centenária competição entre país. "Como já diss, eu era 200% contra e ainda estou 200% contra. Mas agora a decisão foi tomada. Nós não podemos fazer nada sobre isso".

"Nunca mais será a mesma coisa. Vai ser uma nova competição. Não vai ser a Copa Davis. Acho que é uma pena, porque a atmosfera que você pode viver quando você está jogando em casa ou mesmo longe é inacreditável. Não há nada para descrever a emoção que você sente", comenta. "Talvez seja uma boa competição, mas vai parecer mais uma exibição".

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