Londres (Inglaterra) - Andy Murray, dono de três títulos de Grand Slam, tornou-se o primeiro grande nome do tênis profissional a pedir a renúncia de Justin Gimelstob de seu cargo na Associação de Tenistas Profissionais (ATP), depois que o americano foi condenado a 3 anos por agressão, mais 60 horas de serviços comunitários, por um tribunal de Los Angeles na segunda-feira passada. O ex-tenista profissional, atualmente com 41 anos, continua no Conselho da ATP, em que teria como aliados Novak Djokovic, e parece disposto a ampliar seu papel como administrador de tênis.
"Não vejo como, com tudo o que aconteceu, como é possível a ele permanecer em uma posição de autoridade ou de gestão na ATP, neste momento", declarou ao jornal britânico Sunday Telegraph. Em outubro passado, Gimelstob foi acusado de atacar o antigo amigo Randall Kaplan, quando ele, sua esposa e a filha deles de 2 anos participavam das brincadeiras do Halloween.
Kaplan tinha pedido à Justiça uma ordem de restrição contra Gimelstob após o ataque, alegando que o ex-tenista o havia socado mais de 50 vezes enquanto ameaçava matá-lo. Gimelstob também terá de assistir aulas de manejo da raiva por 52 semanas. Martina Navratilova e Pat Cash também sugeriram que Gimelstob não deveria continuar no seu cargo na ATP. O All England Club, promotor do centenário torneio de Wimbledon, anunciou, por sua vez, na terça-feira, que iriam banir Gimelstob do camarote real na quadra central na competição deste ano e também vetar a sua participação no tradicional torneio de duplas de lendas do tênis.