Paris (França) - Depois de encerrar sua participação em Roland Garros, Thiago Monteiro teve motivos para comemorar e lamentar. Vindo do qualificatório cearense conseguiu voltar a disputar uma chave principal de Grand Slam, o que não acontecia desde o US Open de 2017, mas lamentou as chances perdidas na partida contra o sérvio Dusan Lajovic nesta terça-feira.
"Eu sabia que seria um jogo duro. Ele é um dos cabeças de chave e tive muitas oportunidades de poder quebrar o saque e estar na frente, como no 1º set, o que teria mudado a realidade do jogo, disse Monteiro após a derrota por 6/3, 6/4 e 6/4 para Lajovic, número 35 do mundo.
Com sete break points em todo o jogo, o cearense aproveitou apenas um, ainda no game de abertura. Já Lajovic conseguiu quatro quebras e liderou a estatística de winners por 29 a 22. "Eu poderia ter sido um pouco mais agressivo, mas ele não me deixou fazer o meu jogo o que me fez não estar à vontade em quadra".
Número 1 do Brasil e 112º colocado no ranking, Monteiro teve boas atuações na semana passada, quando venceu o egípcio Mohamed Safwat, o francês Antoine Cornut Chauvinc e o austríaco Lucas Miedler durante o quali. A campanha renderá 35 pontos no ranking da ATP.
"A minha última chave de Slam tinha sido há quase dois anos, então foi uma semana positiva apesar da derrota na primeira rodada. Saio com uma sensação de que poderia ter feito mais hoje, ter conseguido uma virada, mas é sempre especial poder jogar um Grand Slam", avalia o canhoto de 24 anos.
Atualmente treinando na Argentina, com o ex-jogador profissional Fabian Blengino, Monteiro deverá passar alguns dias no Brasil antes de retomar os treinamentos no país vizinho. Depois, parte para uma curta temporada de grama em que jogará o challenger de Ilkley, a partir de 17 de junho, antes de jogar o qualificatório para Wimbledon.