Paris (França) - Assim como aconteceu na final de Roland Garros no ano passado, o espanhol Rafael Nadal levou a melhor para cima do austríaco Dominic Thiem, que neste domingo ao menos conseguiu tirar um set do agora 12 vezes campeão do Grand Slam francês, mas acabou dominado nos dois últimos sets, vencendo somente dois games neste período do confronto.
“O começo de partida foi incrível, estava muito intenso. No final do primeiro set, baixei um pouco o nível, mas logo em seguida o recuperei, joguei como deveria e fui mais agressivo. Depois dos dois primeiros sets voltei a baixar meu rendimento. Rafa, um cara que agora tem 12 títulos aqui, soube aproveitar essa brecha que dei e foi quem me parou, fez tudo ficar muito difícil para mim", analisou.
Thiem explicou que bastou diminuir um pouco o nível para se tornar presa fácil para o canhoto de Mallorca. “Seu rendimento é incrível e não é à toa que ele tenha tanto êxito, vencendo 18 títulos de Grand Slam, dois menos que Roger (Federer). Definitivamente é um dos melhores de todos os tempos e hoje vimos por que”, observou o atual número 4 do mundo.
"I gave everything I had. I honestly love this tournament with all my heart."
— Roland-Garros (@rolandgarros) 9 de junho de 2019
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A sequência de jogos, precisando entrar em quadra todos os dias de quinta-feira até domingo, não foi desculpa para o austríaco. Para ele, o dia a mais de descanso que teve Nadal não fez diferença. “Acho que nada mudaria, estava me sentindo bem fisicamente. Talvez tenha cansado um pouco no terceiro set, mas nada além do normal. Além disso, Rafa é um grande campeão e aproveita muito bem esses momentos de baixa”.
O austríaco acredita que o desafio que teve pela frente, superando o sérvio Novak Djokovic em uma semi de dois dias e depois encarando Nadal na decisão mostram por que é tão difícil vencer um Slam. “Ontem tive uma das maiores vitórias de minha carreira, mas 24h depois já tinha que estar em quadra de novo para enfrentar outra lenda do tênis”, afirmou o vice-campeão em Paris.
Questionado sobre o trabalho com o chileno Nicolas Massú, ele fez uma avaliação bastante positiva. “O trabalho está correndo muito bem, diria até que meu momento é o melhor da temporada. Já venci Indian Wells e Barcelona e fiz final pelo segundo ano seguido aqui em Paris, o que é um grande resultado. Estou no caminho correto, meu sonho segue sendo faturar um Grand Slam e darei o máximo de mim para conseguir isso nos próximos anos”, finalizou.