Birmingham (Inglaterra) - Campeã de Roland Garros há duas semanas, Ashleigh Barty está muito perto de assumir a liderança do ranking mundial. Semifinalista do WTA Premier de Birmingham, a australiana de 23 anos precisa de mais duas vitórias para conquistar o título do torneio britânico e ultrapassar a atual número 1 Naomi Osaka. Apesar de viver uma fase tão vitoriosa na carreira, ela garante que nada mudou em sua maneira de encarar o tênis.
"Eu não me sinto diferente. Eu ainda sou a mesma Ash Barty que eu era há três semanas e sou a mesma que eu era há dois anos", disse a australiana, que ocupava o 15º lugar do ranking no início da temporada. "Para mim, nada muda. É muito bom voltar à rotina normal de disputar partidas novamente. Isso acaba tirando a pressão. Sempre que entro em quadra, tenho uma nova oportunidade para tentar ser melhor e apenas me divertir".
Para chegar ao número 1, Barty precisa vencer a tcheca Barbora Strycova no sábado e depois superar a final de domingo contra Julia Goerges ou Petra Martic. "Preciso me concentrar em um jogo de cada vez e fazer tudo o que for possível para estar pronta para o jogo de amanhã. Se acontecer, aconteceu. É uma coisa natural".
Australiana se sente bem na grama e enaltece Venus
A transição do saibro para a grama não preocupa Barty, que gosta de atuar no piso e tem um estilo de jogo versátil. A australiana costuma utilizar muito bem seus slices e bolas curtas, além variações de altura e velocidade de bola. E mesmo com 1,66m, ela também tem um bom saque, sendo a sexta jogadora que mais fez aces no ano e a quarta com melhor aproveitamento nos games de serviço. "Eu me senti muito bem quando pisei na grama. Acho a transição muito fácil, porque adoro jogar nessas quadras. Sinto que estou ficando um pouco melhor na grama a cada partida".
A respeito da boa vitória sobre Venus Williams por 6/4 e 6/3 nesta sexta-feira em Birmingham, Barty enalteceu a figura da norte-americana de 39 anos e ex-número 1 do mundo. "É sempre um privilégio jogar contra uma campeã como a Venus. Ela fez coisas incríveis para o nosso esporte. Ela inspirou gerações a pegar uma raquete de tênis. Toda vez que você joga contra ela, é um privilégio real".
"Sempre que você joga contra alguém como a Venus você tem que aproveitar o máximo de suas oportunidades. Sabia que meu nível tinha que ser muito alto hoje para enfrentá-la e fico feliz por ter conseguido isso", comenta a australiana, que não se vê jogando até os 39 anos como Venus faz até hoje. "Absolutamente não. Posso garantir que não estarei aqui aos 39".