Londres (Inglaterra) - Com uma excepcional atuação, o canhoto argentino Guido Pella aumentou a lista de grandes surpresas em Wimbledon deste ano e despachou nada menos que o vice-campeão de 2018, o sul-africano Kevin Anderson, em sets diretos e parciais de 6/4, 6/3 e 7/6 (7-5).
"Joguei de forma incrível, sacando muito bem o tempo inteiro, com foco total", avaliou o número 26 do ranking que, aos 29 anos, jamais havia chegado nas oitavas de um Grand Slam. "Foi um daqueles dias em que tudo funcionou bem".
Com 26 vitórias na temporada e o melhor ranking da carreira, o campeão do Brasil Open credita o bom momento à parte emocional. "Acho que o que mudou foi minha cabeça. Estou jogando de forma mais agressiva, principalmente no fundo de quadra, e as vitórias vão dando cada vez mais confiança".
Curiosamente, Pella não havia vencido partidas sobre a grama nos dois torneios preparatórios, batido por David Goffin na estreia de Halle e por Taylor Fritz na estreia de Eastbourne, onde era o cabeça 1.
Seu adversário de segunda-feira será o canadense Milos Raonic, a quem nunca enfrentou no circuito.
Bautista atropela
Outro resultado um tanto inesperado foi a rápida vitória do espanhol Roberto Bautista em cima do top 10 russo Karen Khachanov. Muito sólido da base e contando com um dia instável do adversário, ele ganhou por 6/3, 7/6 (7-3) e 6/1.
Foi a quarta vitória de Bautista sobre Khachanov em seis duelos, vingando-se da recente derrota em Roma. Será a terceira presença do espanhol de 30 anos nas oitavas de Wimbledon, repetindo 2015 e 2017. Sua única ida às quartas na carreira em Slam veio no Australian Open de janeiro.
Ele enfrentará o francês Benoit Paire, sobre quem tem incríveis 8 a 0 no total de duelos diretos, um deles sobre a grama de Wimbledon, em 2015. Os dois não se cruzam há duas temporadas.