Madri (Espanha) - O domínio do suíço Roger Federer, do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic no circuito masculino nos últimos anos é incontestável, com os três conquistando a maioria dos títulos de Grand Slam neste período e ocupando as primeiras colocações no ranking da ATP. Contudo, para o treinador espanhol Toni Nadal, muito disso se deu também um pouco pela incapacidade das gerações seguintes.
“(Bjorn) Borg, (John) McEnroe e (Jimmy) Connors, que foram grandíssimos campeões, somaram 26 Grand Slam. Roger, Rafa e Novak já somam 54, que é mais que o dobro. Eles tiveram a sorte de que a geração posterior foi incapaz de conseguir superá-los e desbancá-los do topo”, afirmou o tio e ex-treinador de Nadal em entrevista para o canal 24 horas da RTVE.
Toni também voltou a falar sobre a final de Wimbledon e reforçou os comentários que já havia feito antes, garantindo que a partida entre Djokovic e Federer, que deu o pentacampeonato de Wimbledon para o sérvio, foi um grande jogo, mas que a final de 2008 entre o suíço e seu sobrinho foi superior. Ele inclusive destacou outros confrontos entre ‘Nole’ e Roger superiores ao do último domingo.
“A final foi uma das grandes partidas da história, teve todos os ingredientes para isso, mas me lembro de alguns jogos melhores entre eles. Alguns no US Open e principalmente a semifinal de Roland Garros em 2011, empregando um ritmo frenético que acabou com a vitória do suíço em quatros sets”, rememorou o treinador espanhol.
Ainda sobre a decisão de Wimbledon, Toni revelou ter visto o jogo ao lado do sobrinho e disse ter feito comparação entre o posicionamento de Rafa e o de Djokovic dentro de quadra. “Estávamos vendo a partida e lhe disse para ver onde estava Djokovic: muito mais dentro de quadra do que ele na semifinal. Ele reconheceu isso e disse que se equivocou em ficar tão no fundo”, contou o tio de Nadal.