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Juvenil brasileira testa positivo para anabolizante
11/11/2019 às 14h48

Substância encontrada no exame de Camilla Bossi é a mesma de Beatriz Haddad Maia

Foto: Arquivo

Londres (Inglaterra) - A Federação Internacional de Tênis divulgou nesta segunda-feira o relatório completo sobre a suspensão da juvenil de 16 anos Camilla Bossi. Ela ficou afastada do circuito durante seis meses, entre março e setembro, e já está habilitada a voltar a jogar.

Bossi testou positivo para a substância anabolizante SARM S-22 durante exame antidoping realizado no dia 27 de março, durante um torneio profissional ITF W25 na cidade de Campinas. A amostra de urina foi enviada a um laboratório certificado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) em Montréal, no Canadá. A substância é a mesma encontrada no exame de Beatriz Haddad Maia, atual número 1 do Brasil, durante teste realizado em julho e ainda sem conclusão do caso.

A jovem jogadora de 16 anos chegou a ser suspensa provisoriamente a partir de 17 de maio. Após a conclusão do caso, foi determinada uma suspensão de seis meses do circuito e que a pena começasse a valer desde a data da realização do exame. Com isso, ela já poderia atuar a partir de 26 de setembro. Ela chegou a disputar o Roland-Garros Junior Wild Card Series, em Itajaí entre 3 e 7 de abril, e venceu o torneio. Com isso, atuou em Paris pelo pré-quali do torneio juvenil de Roland Garros no dia 25 de maio, mas perdeu seus dois jogos.

Jogadora alegou contaminação de suplemento
No relatório divulgado nesta segunda-feira, consta a defesa apresentada pela jogadora. Bossi afirmou que seu teste positivo foi causado pelo consumo de um suplemento contaminado com SARM S-22. Ela afirma que seu médico, especialista em medicina esportiva, prescreveu duas cápsulas por dia de um suplemento personalizado (contendo resveratrol, metilsulfonilmetano, picolinato de cromo e magnésio) criado por uma farmácia de manipulação.

A jogadora entregou uma declaração assinada pelo médico e duas cápsulas do mesmo frasco do suplemento que estava sendo utilizado na data da realização do exame. A pedido da ITF, as cápsulas restantes do suplemento foram enviadas para o laboratório de testes, que detectou o SARM S-22 em concentração compatível com a do resultado do exame. Os frascos do medicamento continham o nome do farmacêutico, a data de fabricação e uma lista de ingredientes que não mencionavam nenhuma substância proibida. 

Um fator positivo para o período curto da pena foi que, na data do exame, Bossi preencheu um formulário sobre uso de medicamentos e citou algumas substâncias presentes no suplemento, como 'Picolinato de cromo, magnésio quelato, resveratrol'. Isso, aliado ao fato de ela não ter violações anteriores no antidoping, contribuiu para evitar uma pena que poderia ser entre dois e quatro anos.

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