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Federer: 'Não tenho planos de me aposentar'
30/01/2020 às 11h24

Aos 38 anos, Federer foi perguntado se este foi o último Australian Open de sua carreira

Foto: Divulgação

Melbourne (Austrália) - Depois de ser eliminado na semifinal do Australian Open, Roger Federer foi perguntado se a derrota desta quinta-feira para Novak Djokovic em Melbourne foi sua última partida na Rod Laver Arena. Aos 38 anos reconhece que não há certeza sobre o futuro de sua carreira profissional, mas que ainda não faz planos para a aposentadoria e pretende voltar a Melbourne na próxima temporada.

"Não faço ideia. Assim como no ano passado", disse Federer aos jornalistas. "Você nunca sabe o que o futuro reserva, especialmente na minha idade. Estou confiante e feliz com a forma como estou me sentindo, para ser honesto. Tenho treinado bem e não tenho planos de me aposentar. A partir desse ponto de vista, vamos ver o que acontece no resto ano e como estarão as coisas com a minha família. Eu espero estar de volta".

A respeito da derrota em sets diretos para Djokovic, com parciais de 7/6 (7-1), 6/4 e 6/3, Federer acredita que jogou um bom tênis dentro de suas possibilidades. O suíço vinha sofrendo com problemas físicos e sempre tentou encurtar os pontos. "Acho que joguei bem. Sei que posso jogar melhor. Ao mesmo tempo, também sei que posso jogar muito pior. Sem nenhum torneio preparatório, acho que é um resultado muito, muito bom".

Federer chegou a liderar o primeiro set por 4/1 e teve chances de ampliar a diferença no placar, já que criou outros três break points contra o sérvio que poderiam deixá-lo muito perto de vencer o primeiro set. "Joguei sem nada a perder. Tentei reduzir o ritmo o máximo possível, diminuir a duração dos pontos e variar os golpes o máximo possível. Acho que no começo eu fiz tudo isso muito bem, mas meu saque não deu certo. Todos sabemos o quanto é difícil jogar contra ele, especialmente quando precisa você do segundo saque".

O suíço também comentou sobre as possibilidades de não entrar em quadra nesta quinta-feira ou de abandonar a partida no meio, algo que seria inédito em sua carreira. Ele vinha de uma partida muito longa contra o norte-americano Tennys Sandgren nas quartas, quando sofreu com um desconforto na região da virilha e precisou ser atendido. Já nesta quinta-feira, recebeu atendimento médico fora de quadra para tratar de dores na região lombar.

"Fiz um exame na mesma noite do jogo anterior e tudo correu bem. Depois disso, preferi não forçar. Não treinei ontem e tirei o dia de folga. Hoje, descansei até o último minuto, mas não senti dor alguma. Isso foi um sinal positivo. A maneira como me senti no quinto set contra Sandgren me incentivou, então senti que poderia disputar este jogo, mas que precisava descansar para evitar mais problemas. Já no jogo, senti que poderia aguentar até o final, o que foi um bom sinal", comenta o número 3 do mundo.

"Conversei com minha equipe, estabelecendo um limite para decidir, mas nunca cheguei a esse ponto. Joguei com cuidado", explica o vencedor de 20 títulos de Grand Slam. "Como disse, eu poderia ter desistido hoje, mas tinha em mente que as coisas não estavam piores. Se isso tivesse acontecido, hoje teria sido minha primeira desistência".

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