Sydney (Austrália) - Treinador da romena Simona Halep, o australiano Darren Cahill se uniu aos críticos dos protocolos de segurança propostos pela organização do US Open e se juntou ao sérvio Novak Djokovic, que os considera extremos e impossíveis de serem colocados em prática.
"As restrições são bem duras. Elas são incrivelmente difíceis e todos os jogadores têm sua própria opinião sobre se isso funcionará para eles. Tenho certeza de que não funcionará para Simona", disse Cahill à Reuters em entrevista por telefone
"Do ponto de vista de Simona, você tem que sair da Romênia, precisa passar quatro semanas neste hotel em Nova York e só pode trazer uma pessoa. Normalmente você tem um fisioterapeuta, um parceiro de treino, um técnico e talvez um ou dois preparadores físicos", acrescentou o australiano.
Para Cahill, ficar nessa bolha por três ou quatro semanas com apenas uma pessoa de acompanhando e manter o profissionalismo de competir no mais alto nível possível é uma tarefa muito árdua. "Haverá muitos jogadores que têm problemas com isso, com certeza", observou o técnico.
"Todos nós queremos voltar ao trabalho, esperando que o circuito volte o mais breve possível. Sei que as autoridades do US Open estão se esforçando ao máximo para que isso aconteça. Muita coisa pode mudar em dois ou três dias, quanto mais em seis ou sete semanas. Por isso acho que muitas restrições poderão diminuir", finalizou.