Buenos Aires (Argentina) - Segundo melhor argentino no ranking, atualmente figurando na 35ª colocação, Guido Pella não deixou passar em branco o escândalo do Adria Tour em entrevista ao TyC Sports, na qual também questionou a disputa do US Open e revelou ter dúvidas sobre sua participação no primeiro Grand Slam pós-pandemia.
Pella criticou duramente a forma como o sérvio Novak Djokovic organizou sua série de eventos. “Apesar das intenções de Djokovic, não foi certo realizar um torneio assim com o mundo sofrendo com a pandemia. Ele brincou com a saúde de muitas pessoas, cruzou uma linha da qual será difícil voltar e desrespeitou o mundo do tênis”, disparou o argentino.
+ Com positivo de Djoko, Adria Tour acaba cancelado
+ Para Murray, evento de Djoko afeta imagem do tênis
+ Kyrgios: 'Superaram qualquer besteira que eu já fiz'
“O que ele fez não se pode fazer, desrespeitou o mundo inteiro. Além disso houve aqueles vídeos dele dançando com os outros jogadores, algo que não ajuda em nada. Não sei como ele sairá disso”, complementou o canhoto de 29 anos, que também questionou a volta do circuito e levantou incertezas sobre o US Open.
Primeiro o argentino questionou se o circuito realmente voltará depois de todo o ocorrido no Adria Tour. Em seguida ele falou sobre as dúvidas que tem em relação ao Aberto dos Estados Unidos. “Acho que vai ser muito difícil não se contagiar lá. Se eu for a Nova York e pegar o vírus, o que eu faço? Quem me tratará? Onde? Quem será o responsável? Vale a pena correr o risco?”, indagou.
“Não sei o que fazer. Minha luta interna é muito grande, se decidir não ir tenho que pensar em pendurar a raquete. Existem muitas perguntas não respondidas. Quero e preciso trabalhar, não tenho a conta bancária de Djokovic, mas não vou arriscar minha integridade física ou todo o dinheiro do mundo. Prefiro ficar saudável do que ser infectado e passar 60 dias em um hospital”, finalizou.