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Cadeirantes destacam apoios de Murray e Federer
25/06/2020 às 16h10

Britânico esteve em contato com atletas da modalidade e também atuou nos bastidores

Foto: Divulgação

Nova York (EUA) - Depois de a direção do US Open voltar atrás e manter os torneios de tênis em cadeira de rodas na edição deste ano, representantes da modalidade comemoraram a decisão. Além disso, eles também destacam o apoio significativo que receberam de grandes nomes do tênis, sob a liderança de Andy Murray e com ajuda de Roger Federer nos bastidores.

A inclusão dos eventos para cadeirantes no US Open é uma vitória para os atletas da modalidade. A competição não constava nos planos da direção do torneio, que diminuiu o número de eventos na edição deste ano. Foram canceladas as disputas do qualificatório, das duplas mistas e do torneio juvenil. Já as chaves de duplas masculinas e femininas terão o número de participantes reduzido. Os atletas do tênis em cadeira de rodas também criticaram o torneio pelo fato de não terem sido consultados sobre o assunto.

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O australiano Dylan Alcott, bicampeão do US Open o líder do ranking mundial na divisão Quad, citou nominalmente Federer e Murray, mas destacou que outros jogadores importantes também colaboraram. "Muito obrigado a Andy Murray, que liderou as conversas com a ajuda de Roger Federer, e a muitos dos 20 principais tenistas masculinos e femininos que fizeram lobby interno para nos ajudar. Ter o apoio dos melhores do mundo é enorme".

Na semana passada, Alcott revelou ao programa de TV Today Show que teve uma produtiva conversa com Murray para conseguir apoio nas negociações com a Associação de Tênis do Estados Unidos (USTA). Além disso, o britânico também se manifestou publicamente sobre o caso em suas redes sociais.

"Conversei com Andy Murray por telefone por 30 minutos e ele nos apoiou publicamente, o que é incrível. Conheço muitos dos melhores jogadores, como [Roger] Federer e Novak [Djokovic], que estão entrando em contato internamente para tentar ajudar, porque eles também amam o tênis em cadeira de rodas", comentou o australiano, durante a entrevista.

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Na ocasião, o jogador australiano também agradeceu ao britânico pelo Twitter: "Muito obrigado a Andy Murray por apoiar publicamente o tênis em cadeiras de rodas, e a muitos outros jogadores de alto nível que estão trabalhando nos bastidores para que possamos jogar o US Open. Andy, você é uma lenda dentro e fora da quadra!"

Já nesta quinta-feira, o norte-americano David Wagner, que tem oito medalhas nos jogos paralímpicos, falou ao New York Times sobre a manutenção do US Open no calendário. "A USTA disse que cometeu um erro e que houve uma falta de comunicação entre si. Pareceu um pedido de desculpas bastante sincero e foi aceito".

"Foi um esforço conjunto de muitos atletas, trabalhando por um objetivo comum. Penso que todos compreendemos a gravidade da situação este ano com o US Open, mas queríamos ter uma melhor compreensão do processo de tomada de decisão e tentar obter um resultado melhor", acrescentou Wagner, principal atleta norte-americano na modalidade.

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