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Apoio do circuito surpreende casal de jogadoras
28/06/2020 às 15h58

Greet Minnen (à esquerda) e Alison Van Uytvanck já estão juntas há quatro anos

Foto: Jimmie48/WTA

Vilvoorde (Bélgica) - Na data em que é comemorado internacionalmente o Dia do Orgulho LGBTQ, as jogadoras belgas Alison Van Uytvanck e Greet Minnen falaram sobre como foi assumir abertamente o relacionamento afetivo dentro do circuito profissional. Elas já estão juntas há quatro anos e contam que a reação das demais atletas e da comunidade do tênis foi tão positiva que até surpreendeu.

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"A comunidade do tênis é ótima. Todos são muito positivos a respeito de nós", disse Minnen, em entrevista ao programa Tennis United, produzido para as redes sociais da ATP e WTA. "Para nós, é incrível fazer tudo juntas. É incrível que possamos compartilhar a mesma paixão, jogar em dupla e sermos parceiras dentro e fora da quadra".

"Quando assumimos nosso relacionamento, recebemos muitas reações positivas. Não apenas no tênis, mas de todas as partes do mundo. Ficamos um pouco surpresas com isso", acrescentou Van Uytvanck, 57ª do ranking e vencedora de quatro torneios na elite do circuito.

Minnen, 107ª colocada, buscou inspiração nos resultados de sua companheira para evoluir no circuito. "Eu estava fora do top 300 melhores quando começamos a namorar", disse ao site da WTA. "Ela já era uma das 50 melhores do mundo. Foi incrível poder treinar com ela e viver o ambiente dos grandes torneios. No começo, não conseguíamos nos ver tanto. Agora, podemos viajar para jogar os torneios juntas e também visitar as cidades".

Schuurs tenta inspirar os mais jovens

Outra representante da comunidade LBGTQ no circuito profissional é a duplista holandesa Demi Schuurs, 12ª colocada no rankinga da modalidade. A tenista de 26 anos espera servir de exemplo para que mais jogadoras possam falar abertamente sobre o assunto sem medo de represálias.

"Quando eu era nova no circuito profissional, era muito tímida porque você não sabe o que as pessoas podem pensar de você. Eles viam alguém vestindo roupas de menino e depois descobriram que eu tinha uma namorada, então isso me fazia pensar no que poderiam estar falando de mim", revelou Schuurs ao site da WTA.

"Isso mudou totalmente porque agora elas sabem quem eu sou e o que eu faço. Elas também sabem que sou educada com todos e não sou diferente de ninguém. Sou capaz de ser um modelo positivo por causa de como me comporto na quadra e de como eu trato outras pessoas".

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