Viena (Áustria) - Nenhum tenista de ponta jogou tanto nas últimas semanas como o austríaco Dominic Thiem. Ele tem participado de seguidos jogos amistosos em todo tipo de quadra e, apesar de alguns altos e baixos, mostrou um nível competitivo alto. Com US Open e Roland Garros programados para agosto e setembro, ele parece no caminho certo para realizar o sonho de ganhar seu primeiro Grand Slam.
"Estou vivendo a época em que jogam os três maiores da história do tênis, e isso tem me servido para evoluir muito", resigna-se ele, que perdeu duas finais de Roland Garros para Rafael Nadal e uma do Australian Open para Novak Djokovic. "Também é preciso lembrar de Alexander Zverev, que tem um nível muito alto para sua idade e que possivelmente será o número 1 no futuro. Sigo trabalhando duro. A meta é ganhar meu primeiro Slam".
Thiem não polemizou quanto ao ocorrido no Adria Tour. "Fiquei alerta ao celular e às redes sociais para saber o que estava ocorrendo, e fiquei surpreso (com os casos de contaminação). Espero que todos se recuperem totalmente e possamos levar uma vida normal. Isso tudo não deveria ter acontecido, foi realmente uma pena". Novak Djokovic, Borna Coric e Grigor Dimitrov deram positivo para o vírus. "A situação toda foi estranha. Fiquei alegre quando vi o estádio cheio (em Belgrado) e achamos que as medidas adotadas pelo governo sérvio estava corretas. Fomos ingênuos".
O terceiro do ranking será a principal estrela do evento Thiem's 7, que será disputado nos próximos dias em Kitzbuhel: "É emocionante voltar a jogar em casa. Tomamos todas as medidas preventivas". Ele reconhece no entanto que ainda há muito a se fazer até que o tênis retome a normalidade: "Para isso, o tenista precisará ter liberdade de viajar por todo o mundo, e isso tem de valer para todos. Não podemos tolerar injustiças".