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Djokovic diz que foi mal interpretado sobre vacinas
20/08/2020 às 16h48

Em sua primeira entrevista desde que chegou aos EUA, sérvio relembrou as principais polêmicas

Foto: Peter Staples/ATP Tour

Nova York (EUA) - Em sua primeira entrevista desde que chegou a Nova York, o número 1 do mundo Novak Djokovic foi questionado sobre as duas principais polêmicas que envolveram seu nome durante os cinco meses em que o circuito ficou paralisado pela pandemia da Covid-19.

Falando ao New York Times, Djokovic explicou seu ponto de vista a respeito de uma possível vacinação obrigatória no circuito e também sobre a realização do Adria Tour. Ele promoveu dois torneios, na Sérvia e na Croácia, com a presença de público no estádio e poucas medidas de distanciamento. Com isso, o próprio Djokovic e outros jogadores acabaram contraindo a doença.

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"Vejo que a imprensa internacional tirou isso um pouco do contexto, dizendo que sou totalmente contra as vacinas. Meu problema aqui com as vacinas é se alguém estiver me forçando a colocar algo no meu corpo. Isso eu não quero. Para mim, isso é inaceitável", disse Djokovic. "Não sou contra a vacinação, porque quem sou eu para falar disso quando há tantos profissionais da medicina salvando vidas em todo o mundo?"

"Tenho certeza de que existem vacinas com poucos efeitos colaterais que ajudaram as pessoas e ajudaram a impedir a propagação de algumas infecções ao redor do mundo", acrescentou o sérvio de 33 anos, expressando uma preocupação sobre possíveis problemas com uma vacina contra o coronavírus. "Como podemos esperar que isso resolva nosso problema quando este coronavírus está sofrendo mutações regularmente?".

Sérvio diz que repetiria Adria Tour
A série de eventos promovidos por Djokovic terminou mais cedo que o previsto devido aos casos de coronavírus dos atletas Grigor Dimitrov, Borna Coric, Viktor Troicki, o próprio Djokovic, sua esposa Jelena e o técnico Goran Ivanisevic, além de familiares e profissionais das equipes dos jogadores.

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Além de o torneio chamar atenção pelas arquibancadas lotadas, os tenistas participaram de uma série de atividades extra-quadra, como clínicas com crianças, jogos de futebol e basquete, visita a pontos turísticos, além de festas e jantares. Djokovic diz que seguiu as orientações dos governos locais, num momento em que os efeitos da pandemia não eram tão sentidos nesses países, e que repetiria o evento no futuro.

"Tentamos fazer algo com as intenções certas", comentou sobre o evento. "É claro que algumas coisas que poderiam ter sido executadas de forma diferente, mas serei então eternamente culpado por cometer um erro? Se este for o caminho, tudo bem, tenho que aceitar, porque é a única coisa que posso fazer. Se é justo ou não, vocês me dizem, mas eu sei que as intenções eram boas e se eu tivesse a chance de fazer o Adria Tour novamente, eu o faria de novo".

 
 
 
 
 
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Gibboni ❤️❤️❤️

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"Para ser honesto, não acho que fiz nada de ruim. Eu sinto muito pelas pessoas que foram infectadas. Mas não me sinto culpado por todo mundo que foi infectado a partir daquele momento na Sérvia, Croácia e região. É como uma caça às bruxas, para ser honesto. Como você pode culpar um indivíduo por tudo?", afirmou o atual líder do ranking. "Concordo que as coisas poderiam ter sido feitas de maneira diferente, na boate, por exemplo. Os patrocinadores que organizaram. Eles convidaram jogadores. Estávamos confortáveis lá e tivemos um evento de sucesso. Todo mundo estava muito feliz e alegre".

O experiente atleta também falou que está buscando informações sobre os efeitos do vírus na saúde a longo prazo: "Fiz uma tomografia computadorizada do meu tórax e está tudo Ok. Também fiz vários testes desde o meu exame negativo para o coronavírus, bem antes de vir para Nova York. Fiz meus exames de sangue, de urina, de fezes e tudo o que posso. Obviamente, estou fazendo isso tudo por prevenção, mas não sabemos realmente com o que estamos lidando".

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