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Murray não culpa condições e lamenta jogo ruim
27/09/2020 às 18h41

Paris (França) - Desde o sorteio o britânico Andy Murray sabia que não teria moleza em sua estreia em Roland Garros, na qual enfrentaria o suíço Stan Wawrinka, cabeça de chave número 16. Contudo, o ex-número 1 do mundo não esperava fazer uma partida tão ruim, principalmente com o saque, amargando seis quebras em oito oportunidades cedidas.

Apesar do fim de tarde frio e das bolas novas do torneio, que foram duramente criticadas, Murray chamou para si a responsabilidade pelo desempenho. “As condições de jogo não estavam tão ruins, acho que mais cedo estava mais complicado por causa da chuva, que deixou a quadra mais molhada e pesada, dificultando o jogo. Além disso estava frio, que deixa tudo mais lento, só que não estava ventando tanto e até que não estava tão ruim”, observou o escocês.

“Posso estar errado, mas acho que foi minha pior derrota da carreira em Grand Slam em termos de placar. Não sinto que as condições sejam uma desculpa ou que tenham atrapalhado meu desempenho”, comentou o ex-líder do ranking, que caiu com parciais de 6/1, 6/3 e 6/2, em 1h37 de confronto.

Murray ainda lamentou o fraco aproveitamento de primeiro serviço, acertando apenas 36%. “No US Open, não consegui me recuperar bem fisicamente para o segundo jogo e Felix também fez uma grande partida. Aqui tive um sorteio difícil, mas também não joguei muito bem hoje, saquei abaixo de 40%, o que já não é bom, especialmente quando você enfrenta alguém tão bom como Stan”, avaliou.

Embora não tenha feito um bom jogo, Andy acredita que ainda possa brilhar no circuito, mesmo reconhecendo que fisicamente não terá mais, aos 33 anos, o mesmo vigor do seu auge. “De uma perspectiva do lado físico, não espero que as coisas sejam como eram antes da operação, mas em termos de golpes e outras coisas técnicas, não vejo por que não possa evoluir”, pontuou o britânico.

“Tive algumas boas partidas desde que voltei, mas não consegui estar bem o tempo todo. Contra Zverev, que ficou a alguns pontos de vencer o US Open, fiz uma boa partida e o venci na semana anterior”, acrescentou o atual 111 do mundo, que espera ao menos aproveitar o tempo após a eliminação prematura em Roland Garros para treinar firme para o restante da temporada.

“Pretendo disputar os dois torneios em Colônia, o primeiro deles começando na segunda-feira logo após Roland Garros. Provavelmente a única coisa positiva dessa eliminação foi ter mais tempo para me preparar para os torneios em quadra coberta”, disse Murray.

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