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Apenas três sul-americanas já jogaram finais de Slam
06/10/2020 às 14h11

Maria Esther Bueno ganhou sete títulos de Grand Slam em simples e disputou doze finais

Foto: Arquivo
por Mário Sérgio Cruz

Com a classificação da argentina Nadia Podoroska para a semifinal de Roland Garros, cresce a expectativa para que uma nova sul-americana alcance uma final de Grand Slam. Em toda a história, apenas três mulheres da região conseguiram chegar tão longe e todas elas ganharam ao menos um título.

A primeira sul-americana campeã de Grand Slam foi a chilena Anita Lizana, que foi campeã do US Open de 1937, quando o torneio ainda acontecia em quadras de grama. Aquela foi a única final de Grand Slam na carreira de Lizana, que tinha apenas 22 anos quando conseguiu esse feito.

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Mais de duas décadas depois, a brasileira Maria Esther Bueno fez história no tênis internacional. O primeiro de seus sete títulos de Grand Slam em simples foi conquistado na grama de Wimbledon em 1959. Individualmente, ela triunfou mais duas vezes em Wimbledon, em 1960 e 1964, e conquistou quatro vezes o US Open, em 1959, 1963, 1964 e 1966. Estherzinha disputou ao todo 12 finais de Slam em simples, também ganhou 11 títulos de duplas e um nas duplas mistas.

A última sul-americana a conquistar títulos e disputar finais de Grand Slam foi a argentina Gabriela Sabatini. Ela foi campeã do US Open de 1990, ao superar Steffi Graf na final. Também foi vice de Wimbledon em 1991, além de ter disputado quatro semifinais na Austrália e mais cinco semis de Roland Garros.

Argentina dará salto no ranking e na premiação
Podoroska é a primeira argentina na semifinal de um Grand Slam desde Paola Suárez, que alcançou a penúltima rodada de Roland Garros, em 2004. Vinda do quali em Paris, ela já venceu oito jogos seguidos seguidos na campanha até a semifinal. A vitória sobre Elina Svitolina, número 5 do mundo, por 6/2 e 6/4, foi a maior de sua carreira. Ela espera pela vencedora entre a polonesa Iga Swiatek e a italiana Martina Trevisan.

A jovem argentina de 23 anos entrou no torneio como número 131 do mundo, apenas uma posição abaixo do melhor ranking da carreira. Com os 40 pontos do quali e mais 780 da chave principal, não apenas debutará no top 100 como também pode alcançar o top 50. Além disso, sua premiação total na carreira mais que dobra. Antes de Roland Garros, ela havia recebido US$ 301 mil dólares em premiações de torneios. Já a campanha até a semi em Paris rende outros 425,5 mil euros.

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