Paris (França) - Para obter sua primeira participação na semifinal de um Grand Slam, o argentino Diego Schwartzman precisou lutar por 5h08 diante de um dos grandes favoritos ao título e finalista do torneio nos dois últimos anos. Foram cinco sets de uma intensa batalha e El Peque acredita que a versatilidade adotada foi o segredo do sucesso.
"Precisei mesclar estilos todo o tempo em quadra", avaliou o futuro top 10 do ranking, de 28 anos. "Tive de ser agressivo quando apareceu o momento, mais defensivo quando necessário. Foi um jogo diferente. Fui muito para a rede porque Dominic estava usando slices e essa foi uma postura vantajosa". Ele subiu 71 vezes à rede, obtendo 44 pontos, alguns cruciais.
Ele também precisou superar momentos de descontrole emocional. "Tive muitas chances no segundo e no terceiro sets, algumas fáceis", recordou o argentino, após a nona vitória sobre um adversário top 10 da carreira. "Foi por isso que estava tão frustrado, realmente bravo comigo mesmo naquele momento... Estava tão perto de ganhar aqueles sets, não poderia ter feito aquilo".
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Schwartzman diz que o quarto set foi o momento mais curioso, porque Thiem começou melhor. "A situação estava difícil, porque ele então jogava bem. Consegui reagir e saquei com 5/4 e 40-0. Ele fez jogadas incríveis, e tudo que eu pensei foi: hoje isso não vai acontecer", afirmou, referindo-se às várias chances desperdiçadas que já teve em quartas de final de Grand Slam.
O caminho da vitória ficou enfim aberto após ganhar o tiebreak do quarto set. "Encarei todo tipo de oportunidades nesta partida, algumas fáceis, outras duras. Cada uma foi diferente da outra. Aí joguei um grande tiebreak no quarto set. E no final continuei bem sólido. Acho que terminei fisicamente melhor que ele", concluiu.
Seu próximo desafio será dos maiores: na sexta-feira, reencontra o espanhol Rafael Nadal, doze vezes campeão e atual detentor do título, a quem venceu há três semanas no saibro de Roma.
