Londres (Inglaterra) - No primeiro dia de ATP Finals, o espanhol Rafael Nadal foi o único a conseguir uma vitória em sets diretos, seja em simples ou nas duplas, derrotando o russo Andrey Rublev com parciais de 6/3 e 6/4, resultado que o coloca na liderança do Grupo Londres 2020, com o austríaco Dominic Thiem, seu próximo adversário no evento, ocupando a segunda colocação.
“Foi um começo muito positivo, é sempre importante vencer a primeira partida deste torneio para ganhar confiança. Vencer em dois sets também ajuda muito na hora da qualificação”, revelou o espanhol, que só havia começado assim nas edições de 2013 e 2015.
“O saque foi decisivo hoje, fui muito sólido e isso me permitiu não sofrer muito nos meus games de serviço, possibilitando-me ficar mais relaxado e solto na hora de devolver. Estou muito feliz com a forma como enfrentei a partida e desejo o melhor a Andrey, que foi um dos melhores da temporada e é um grande cara”, comentou o número 2 do mundo.
Na próxima fase, o duelo de vencedores com Thiem não servirá apenas para definir as chances de cada um na competição, mas também vale pela briga direta entre eles pelo número 2. “Ele é um grande competidor, melhora a cada ano e é uma pessoa excepcional. Fiquei muito feliz em vê-lo vencer o US Open, porque é um trabalhador incansável. Será um grande desafio para mim”, disse.
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“Obviamente, prefiro terminar em segundo que em terceiro, mas faz muitos anos que não decido quais torneios jogo com base nisso. Sei que tenho que jogar bem nos grandes torneios e ser inteligente quando se trata de selecionar os objetivos a serem alcançados”, complementou o canhoto de Mallorca ao comentar a briga pela vice-liderança da ATP.
Embora tenha comemorado bastante a vitória, Nadal sabe que tem ainda um longo caminho pela frente. "Não sinto que tenha feito nada ou uma grande vantagem para me classificar. Ainda tenho que jogar com Dominic e Stefanos (Tsitsipas)”, falou o espanhol.
Questionado sobre a possibilidade de os Grand Slam mudarem de melhor de 5 para melhor de 3, Rafa foi contundente. “Sou totalmente contra isso. Por ter um dia de folga entre os jogos, devemos manter aquela parte fundamental da história do nosso esporte. Jogar cinco sets nos Slam faz diferença porque exige mais no nível físico e mental para todos os jogadores e é a coisa certa a fazer”.