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Nadal lista maiores emoções e descarta aposentar
19/12/2020 às 10h39

Madri (Espanha) - E Rafael Nadal continua dando muitas entrevistas. Sempre analítico sobre sua vitoriosa carreira, o canhoto espanhol falou desta vez à tv espanhola, relembrou os jogos que considera mais relevantes, falou sobre suas manias e afirmou que nem de longe considera a aposentadoria.

"Tenho uma boa relação com Roger, somos grandes companheiros", respondeu sobre Federer. "A final de Wimbledon de 2008 é uma das partidas mais emocionantes de minha carreira, já que doeu muito perder a de 2007 e pensei que nunca teria outra oportunidade. Foi épico porque aconteceu de tudo. Quem viu pela tv não faz ideia de como estava escuro nos últimos pontos, estávamos no limite", contou à RTVE.

Ele também se recorda da dificuldade que foi ganhar o Australian de 2009, novamente em final contra Federer. "Fiz uma semi muito desgastante contra (Fernando) Verdasco e entrei em quadra com pouca energia. Toni me falou coisas importantes antes do jogo e pouco a pouco consegui superar o cansaço. Depois dessa final, fiquei vários dias absolutamente travado".

Outro jogo inesquecível para ele foi a vitória sobre Andy Roddick na final da Copa Davis de 2004. "Marcou muito minha carreira e nunca vou esquecer. Eu era jovem, mas o herói real do duelo foi Carlos Moyá, que venceu os dois jogos de simples".

Sobre Roland Garros, Nadal classificou os mais difíceis. "Eu acho que o mais duro foi o de 2011, porque estava num momento difícil. Algo semelhante aconteceu agora em 2020. Foi uma conquista inesperada pelas condições que jogamos. Sofro muitíssimo quando jogo com frio, meu corpo não se adapta. Saí de quadra achando que havia recuperado meu melhor tênis. O placar foi largo, mas houve vários momentos em que tudo poderia ter mudado", avaliou, referindo-se à decisão contra Novak Djokovic.

Questionado sobre seu longo ritual antes do saque, Rafa admitiu seus toques. "Nunca fiz isso para molestar o adversário. O lance de esticar o calção fiz a vida toda, não há remédio. As outras eu fui incorporando para tentar manter a concentração. Demoro um pouco mais para dar o saque e me parece perfeito que haja o relógio para controlar isso".

Por fim, Rafa nem de longe considera a aposentadoria. "Nunca se sabe quando chegaremos ao limite, mas mantenho a esperança de continuar competitivo. Espero que no dia em que me aposentar, tenha tentado de tudo. Tenho outras paixões fora do tênis, mas não penso como será minha vida depois da retirada".

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