Monte Carlo (Mônaco) - Afastado do circuito desde sua derrota em Viena, o búlgaro Grigor Dimitrov aproveitou o tempo livre para 'refletir sobre a vida', curar o pé de uma contusão e lançar sua própria fundação de ajuda a crianças desamparadas.
"Às vezes é importante dar um passo para trás", afirmou o tenista de 29 anos ao Hello Monaco. "Este ano foi muito louco para mim e algo que aprendi de treinadores e pessoas mais experientes é que há momentos em que a coisa certa a se fazer é recuar. Pela primeira vez na minha carreira, eu dei ouvidos a isso".
Ele diz que ter contraído o coronavírus foi algo muito difícil, mas ao mesmo tempo positivo, porque durante os 20 dias de auto-isolamento em casa pode refletir muito sobre as coisas. Dimitrov admitiu que a doença o enfraqueceu, mas ainda assim fez boas campanhas no retorno, com semi em Roma e oitavas em Roland Garros.
"Atletas basicamente estão sempre sob risco, tanto físico como emocional, sempre no limite, todo dia. Sou muito rigoroso comigo mesmo. O bom no tênis é que há sempre uma semana seguinte em que você tem a chance de se corrigir", filosofa o top 20.
Nestas semanas livres, aproveitou para lançar a Fundação Grigor Dimitrov, que ajuda crianças na Bulgária. "Desde muito pequeno, sempre fiquei triste ao ver crianças que não tinham família, então me determinei a ajudá-las algum dia. Primeiro precisava me tornar um bom tenista, depois começar a ajudar crianças carentes".