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Filipina de 15 anos ganha primeiro título profissional
24/01/2021 às 10h23

A canhota Alexandra Eala é número 3 do ranking mundial juvenil

Foto: Divulgação

Manacor (Espanha) - Com apenas 15 anos, a filipina Alexandra Eala já tem um título como profissional. Ela conquistou o ITF W15 disputado nas quadras de piso duro da Rafa Nadal Acadmy, em Manacor. Ela venceu na final a espanhola de 28 anos Yvonne Cavalle-Reimers, 490ª do ranking, por 5/7, 6/1 e 6/2.

Canhota, Eala é a atual número 3 do ranking mundial juvenil da ITF. Na temporada passada, foi semifinalista de Roland Garros em sua categoria, enfrentando adversárias de até 18 anos. O torneio em Manacor foi apenas o sexto ITF que ela disputou como profissional.

Durante a semana na Espanha, Eala venceu cinco jogos seguidos. Destaque para a vitória nas oitavas contra a australiana Seone Mendez, principal cabeça de chave do torneio e número 398 do ranking da WTA, por 6/4 e 6/1.

Atualmente, a filipina de 15 anos aparece apenas no 1.187º lugar do ranking profissional. Mas com os 10 pontos do título, dará um salto e já aparecerá por volta da 930ª posição quando esses pontos forem computados.

'Tenho muito orgulho de ser filipina', diz Eala
Nascida em maio de 2005, Eala começou a jogar tênis aos quatro anos, por influência do avô e do irmão mais velho, Miko. Seu primeiro resultado de destaque foi vencer o tradicional torneio juvenil até 14 anos Les Petis As, na França, em 2018. Logo depois, já passou a treinar na Academia de Nadal. A filipina sabe que vem de um país sem tradição no tênis e espera mudar esse quadro no futuro.

“Você não vê muitos jogadores filipinos no circuito, representando o país e indo bem. Acho que isso mostra o quanto trabalhamos", disse Eala, em recente entrevista ao site da ITF, realizada em abril de 2020. "Os filipinos são subestimados, então poder aumentar essa confiança é uma coisa boa. Tenho muito orgulho de ser filipina".

Na última temporada, além da semifinal em Paris, ela também foi campeã de duplas no torneio juvenil do Australian Open. "Como não há muitos de nós jogando em alto nível, espero que as pessoas vejam essas vitórias como um grande triunfo e um grande passo para o tênis nas Filipinas. Foi uma honra representar meu país em um evento tão prestigioso e conhecido. Sinto que esta é a minha maneira de retribuir e fazer a minha parte".

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